Hoje, fomos apanhados de surpresa ao descobrir que a Qualcomm, sem saber, gastou uma quantia impressionante de 180 milhões de dólares para comprar a sua própria tecnologia.
Sanjiv Taneja, Karim Arabi e Ali Akbar Shokouhi, foram os três homens que enganaram a gigante Qualcomm. Destes, Sanjiv Taneja confessou-se culpado de lavagem de dinheiro. Ao que tudo indica, o trio foi bem sucedido em convencer a Qualcomm a adquirir uma startup, sob o pretexto de que a tecnologia em questão pertencia à empresa recém-formada. A verdade é que essa tecnologia já pertencia à Qualcomm.
Karim Arabi, enquanto trabalhava como vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento na Qualcomm, inventou uma nova forma de avaliar micro-processadores durante a fase de “design for test”, sendo este método mais rápido do que outros existentes. Este tipo de inovação, segundo o contrato de trabalho de Arabi, deveria pertencer à Qualcomm. No entanto, Arabi, com os outros dois, quis lucrar pessoalmente com a invenção.
Enganados por um dos seus
Eles ocultaram a participação de Arabi numa startup, afirmando que a tecnologia pertencia à pequena empresa e não à gigante Qualcomm. No decorrer das negociações, a Qualcomm foi levada a crer que a tecnologia tinha sido inventada por uma estudante canadiana, que na realidade era a irmã mais nova de Arabi. Usaram até contas de email falsas para esconder a verdadeira identidade de Arabi durante a aplicação de patentes.
Ao final, a Qualcomm pagou 180 milhões de dólares pela startup, dos quais 150 milhões foram pagos à vista em dinheiro. Tudo isto para adquirir uma tecnologia que, afinal, já lhes pertencia.
A Qualcomm, embora desenhe os seus próprios processadores, depende de fundições externas, como a TSMC e a Samsung Foundry, para a sua produção. Atualmente, a TSMC é a responsável pelo fabrico do processador Snapdragon 8 Gen 2.
O que se retira disto? Até as grandes empresas, com vastos recursos, podem ser enganadas se não forem cautelosas. Por isso, já sabes, olho aberto!
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