Uma situação inesperada afetou a comunicação da sonda espacial Voyager 2 com a Terra, que agora está temporariamente muda.
Uma série de comandos planeados pela NASA levaram a um desalinhamento na antena da nave, fazendo-a apontar cerca de 2 graus para longe do nosso planeta. Em resultado disso, a Voyager 2 encontra-se atualmente impossibilitada de receber instruções dos controladores terrestres e transmitir dados para a Terra.
A Voyager 2, que está atualmente a quase 19,9 mil milhões de quilómetros de distância da Terra, de acordo com o Relatório de Missão, costumava manter uma ligação estável através da Deep Space Network (DSN), mas esta alteração na orientação comprometeu a conexão. A DSN já não está a receber os dados enviados pela sonda, o que significa que os controladores terrestres também não conseguem enviar novos comandos.
Para contornar este cenário, os engenheiros da missão estão a planear uma redefinição da orientação da Voyager 2, uma prática que ocorre várias vezes ao ano. A próxima redefinição está prevista para o dia 15 de outubro e espera-se que esta ação restabeleça a comunicação. Enquanto isso, a equipa da missão está confiante de que a sonda permanecerá na trajetória planeada durante este período de silêncio.
É importante destacar que a Voyager 1, situada a quase 24 mil milhões de quilómetros da Terra, continua a funcionar normalmente e não foi afetada por este problema técnico que se abateu sobre a sua irmã espacial.
A Voyager 2 foi lançada em 20 de agosto de 1977, apenas duas semanas antes da Voyager 1, e é uma das sondas mais antigas ainda ativas no espaço. Durante os seus mais de 45 anos de missão, esta valiosa sonda tem proporcionado informações cruciais sobre os limites do nosso Sistema Solar e além, tornando-se um símbolo notável da exploração espacial humana.
A NASA está a trabalhar em conjunto com a equipa de engenheiros da missão para solucionar o problema e retomar a comunicação com a Voyager 2 o mais rápido possível. Espera-se que, após a redefinição da orientação, a sonda continue a enviar valiosos dados científicos, enriquecendo o nosso conhecimento sobre o espaço interestelar e expandindo os horizontes da exploração humana no cosmos.
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