A chegada dos recursos de inteligência artificial geraram diversas especulações sobre o fim de empregos que seriam substituídos por ferramentas como o ChatGPT. Entretanto, um estudo realizado pela OIT mostrou o contrário, venha entender!
Em novembro de 2022, vimos o lançamento do ChatGPT, considerado hoje um ponto de partida para a revolução da Inteligência Artificial que tanto se fala.
O uso cada vez mais frequente da plataforma, acompanhada do lançamento de outras ferramentas parecidas, gerou temor no mundo corporativo e em seu impacto nos empregos.
Entretanto, nessa segunda, dia 21, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma pesquisa completa que comprova a possibilidade da IA ajudar na criação de novos cargos, e não em sua substituição.
“É provável que o maior impacto desta tecnologia não seja a destruição do emprego, mas mudanças potenciais na qualidade dos postos de trabalho, em particular a intensidade do trabalho e a autonomia”, diz a publicação.
Observando os efeitos potenciais do uso de IAs a médio prazo no ambiente de trabalho, a pesquisa concluiu um futuro promissor que une as inteligências às pessoas.
IA generativa como uma “mão amiga”?
Um dos principais destaques do estudo feito pela agência da ONU, destaca que o emprego dessas tecnologias podem variar muito de acordo com cada área de trabalho.
Desse modo, trabalhos puramente analíticos, como escritórios administrativos e contadores, podem ser os mais afetados pela chegada dessas inteligências, uma vez que boa parte de seu trabalho poderiam ser realizados pela IA.
Entretanto, cargos de tomada de decisão e que necessitem de uma criatividade constante estão mais seguros.
Apenas uma pequena parte dos empregos técnicos e de chefia serão afetados pela chegada desses recursos, mostra a pesquisa.
O relatório da OIT diz ainda que países de rendas mais altas serão, provavelmente, os mais afetados pelas automações, já que seus cargos são majoritariamente ligados a dados e análises.
Por fim, o estudo mostra que mulheres estão na linha de frente dos trabalhadores afetados pelas IAs, podendo representar mais que o dobro dos afetados em países de renda média e alta.
Essa realidade se dá principalmente por conta da sub-representação delas no mercado de trabalho, assumindo poucos cargos de liderança.
Apesar dos resultados parecerem catastróficos e assustadores, eles não são tão graves quanto aparentam.
A pesquisa da Organização Internacional do Trabalho mostra que nos países mais atingidos pela IA, cerca de 5,5% dos empregos devem ficar expostos a substituições.
Esse número cai para 0,4% em países em desenvolvimento.
Além disso, muitas oportunidades podem surgir, como a criação de novos cargos voltados diretamente para o trabalho com IAs generativas.
Contudo, o relatório afirma que, apesar da previsão de poucas perdas, as repercussões sócio econômicas dos recursos de inteligência “vão depender em grande medida de como se gerencia” seu uso e distribuição.
“São os humanos que estão por trás da decisão de incorporar tais tecnologias e são os humanos que precisam guiar o processo de transição”, disse a OIT.
Outros artigos interessantes: