O Google acaba de entrar para a lista de empresas famosas a sofrerem reivindicações de monopólio pelo governo dos Estados Unidos. Venha entender como isso pode afetar as suas buscas!
Com mais de 500 milhões de utilizadores apenas em território estadunidense e um faturamento de cerca de US$ 280 bilhões, o Google é uma das maiores corporações ativas do mundo atualmente.
O que torna a batalha judicial presidida pelo juiz Amit Mehta, uma das mais importantes das últimas décadas.
O grande problema a ser resolvido na justiça é o monopólio de pesquisa e propaganda da plataforma de buscas, que hoje detém entre 90% e 95% do mercado norte americano.
De acordo com o governo, esse domínio não se manteve graças ao aprimoramento da ferramenta, mas sim ao bloqueio da concorrência.
Vamos entender mais a fundo como esse sistema que vem sendo discutido nos EUA funciona e como ele afeta as suas pesquisas em qualquer lugar do mundo!
Como o Google Search mantém seu monopólio?
Quando uma pergunta surge em sua cabeça, qual a primeira medida que toma para saná-la?
A resposta mais comum é “eu pesquiso no Google”.
Essa afirmativa é tão verdadeira que muito se fala nas áreas de marketing e comportamento do consumidor sobre a importância de usar a plataforma como a maneira mais efetiva de entrar em contato com os consumidores.
Contudo, você já parou para pensar como o buscador chegou a esse nível de importância em nosso dia a dia?
Segundo dados fornecidos pelo Four Week MBA, o Google paga em média US$ 45 bilhões ao ano para que os principais distribuidores de tecnologia se recusem a vender produtos de empresas concorrentes ao mecanismo de pesquisa.
Algumas das marcas que assinaram acordos desse tipo com a empresa são Apple, LG, Motorola e Samsung, além de navegadores como Opera e Mozilla.
Em outras palavras, a empresa adquiriu todo o espaço na ‘vitrine’ digital, de modo que ele seja sempre a primeira opção oferecida aos utilizadores.
Essa é uma estratégia muito parecida com a feita pela Microsoft em meados de 1990, o qual entrou na lista de grandes casos de monopólio após seu julgamento em 1998.
Cerca de 25 anos depois, é a vez do Google enfrentar as consequências do redirecionamento padrão que ele mesmo implantou na web.
O que isso significa para a sua pesquisa?
Muito se fala sobre como os Estados Unidos exercem uma forte influência nas decisões tomadas ao redor do mundo. E com o Google não seria diferente.
Caso a empresa seja considerada culpada pelo judiciário americano, o mercado dos mecanismos de busca poderá se tornar mais competitivo – e quem ganha é o utilizador.
Com as novas tendências de aprendizado de máquina e Inteligência Artificial (IA), o esperado é que os buscadores se tornem mais otimizadores e, por consequência, entreguem resultados cada vez melhores e mais personalizados para cada utilizador.
Essa perspectiva abre possibilidades para um mercado até então dominado pelo Google.
Em entrevista concedida ao Financial Times, em 2020, até mesmo a Apple chegou a mencionar que está preparando seu próprio mecanismo de busca, se precavendo caso seu acordo com o Google acabe junto com o julgamento.
De modo mais resumido, se o governo americano sair vitorioso dessa batalha, que vem rolando desde 2020, o que podemos ver é um mercado mais competitivo e atrativo entre os buscadores online.
O que o Google tem a dizer sobre a acusação?
A estratégia usada pela plataforma para sua defesa é de que o monopólio de pesquisas não é algo prejudicial aos seus utilizadores.
O advogado responsável pela argumentação, John Schmidtlein, afirmou que o fator principal que dá ao Google o aval para manter seu domínio é a satisfação de seus clientes, uma vez que a ferramenta busca comprovar tal contentamento no tribunal.
Entretanto, essa pode ser uma estratégia pouco efetiva.
Comentários como o do ex-Google, Praveen Seshadri – que afirmou que “o Google tem mais de 175.000 funcionários capazes e bem remunerados que fazem muito pouco” -, podem representar uma batalha difícil para a empresa.
Mas e você, qual a sua opinião sobre o monopólio do Google nos buscadores online?
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