Dois anos após ser acusada de esconder detalhes sobre o modo incógnito do seu navegador Chrome, parece que a Google poderá ter de abrir os cordões à bolsa. A empresa tentou solucionar o problema em tribunal sumário, mas essa opção foi descartada. Agora, tudo indica que o caso seguirá para juízo ordinário.
Os contornos da polémica
Quando usas o modo incógnito no Google Chrome, a promessa é de que tens mais privacidade. Mas não é bem assim. Apesar de não ficar registado o teu histórico de navegação e as cookies não serem guardadas, tanto a Google como os sites que visitas continuam a recolher dados sobre ti. Em 2021, essa falha foi exposta numa ação coletiva, o que levou a empresa a fazer ajustes no navegador, tornando a informação fornecida aos utilizadores mais transparente. Contudo, até mesmo alguns funcionários da Google reconheceram a fragilidade na privacidade deste modo.
Privacidade digital: um valor a ser reforçado
Não é novidade para ti que as empresas por vezes falham ou negligenciam a nossa privacidade digital. Se esta ação em tribunal for bem-sucedida, pode estabelecer um precedente sobre a importância da privacidade. Afinal, não são uns meros trocos em jogo, mas sim uma potencial multa de 5 mil milhões de dólares.
E se isso serve de consolo, é bom saber que a privacidade digital tem tido avanços significativos nos últimos tempos. Existem browsers seguros, sistemas de verificação biométrica e em dois passos, e até ferramentas como a pasta encriptada da Samsung, onde podes armazenar aplicações em segredo.
Por isso, da próxima vez que decidires navegar em modo incógnito, lembra-te de que nem sempre é garantido que estás 100% protegido. Continua atento e informado!
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