A sonda espacial russa Luna-25, que tinha como objetivo ser pioneira na aterragem no polo sul da Lua, não logrou estabelecer a órbita necessária para a sua descida na superfície lunar, conforme indicado pela agência espacial russa, Roscosmos.
Uma manobra comprometida
De acordo com um comunicado emitido pela Roscosmos* e difundido na plataforma Telegram, houve um imprevisto durante as operações. A sonda encontrou-se numa situação de emergência que impossibilitou a execução da manobra conforme os parâmetros inicialmente estabelecidos.
Questões técnicas em análise
A dificuldade emergiu quando os motores da sonda foram acionados, às 14:10 horas de Moscovo (12:10 horas em Portugal continental), propulsando a Luna-25 para a sua órbita de aterragem pré-lunar. Especialistas do grupo de controlo estão, neste momento, a avaliar a situação, conforme referido no comunicado oficial.
Apesar deste revés, até o momento da falha, a Roscosmos tinha relatado que os sistemas da sonda estavam a operar de maneira estável. A Luna-25 transmitiu para a Terra diversas imagens da superfície lunar e identificou o impacto de um micrometeorito, juntamente com outros fenómenos.
Um histórico de conquistas e expectativas Futuras
Lançada a 11 de agosto, a partir do Cosmódromo de Vostochny, no Extremo Oriente russo, a sonda levou quase seis dias para entrar em órbita. A Luna-25, sucessora da histórica soviética Luna-24 – que foi a terceira sonda a recolher amostras lunares em 1976 -, tem como uma das suas principais missões a detecção de água na forma de gelo no satélite natural da Terra.
A expectativa era que esta sonda tocasse o solo lunar em 21 de agosto, dois dias antes da sua congénere indiana, a Chandrayaan-3. A corrida espacial continua a ser um desafio que testa os limites da tecnologia e da ambição humana.
*A Corporação Estatal de Atividades Espaciais Roscosmos, ou simplesmente Roscosmos é uma corporação estatal da Federação Russa responsável pelos voos espaciais, programas de cosmonautas e pesquisa aeroespacial. Wikipédia
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