Dono do recém renomeado Twitter, Elon Musk pediu a seus utilizadores que entrem em contato com o suporte da plataforma caso se sintam prejudicadas no trabalho por alguma interação feita na rede social.
Neste domingo, dia 06, o bilionário Elon Musk – dono do Twitter, renomeado como X – fez uma declaração em suas redes sociais prometendo ajudar judicialmente aqueles que sofrerem represálias por suas ações dentro da plataforma.
Na postagem, feita em sua conta pessoal, Musk afirmou que não vai poupar despesas para financiar os custos processuais que acontecem quando utilizadores de sua plataforma se sentirem injustiçados.
Para que esse auxílio seja validado, ele pediu para que entrem em contato com a equipe de suporte da plataforma.
Em sua conta, Musk escreveu: “Se você foi tratado injustamente por seu empregador por postar ou curtir algo nesta plataforma, financiaremos suas despesas processuais”.
Não é de hoje que encontramos relatos de funcionários que acabaram demitidos após fazerem reclamações nas redes sociais sobre as empresas em que trabalham.
O advogado trabalhista Antonio Carlos Aguiar alertou em entrevista para o G1 que fazer “desabafos” nas mídias sociais, tocando em assuntos que possam vir a manchar o nome da empresa, pode levar a demissões por justa causa.
Mas até mesmo ações e posicionamentos que não tenham relação direta com as empresas podem levar ao afastamento de funcionários.
Isso porque pode-se alegar uma oposição ao código de conduta da organização, normalmente acordado em contratos de trabalho.
Porém, as coisas não são tão simples assim. Trabalhadores que se sentirem injustiçados por tais medidas, podem recorrer das decisões de forma legal, e é em relação a esses processos que Musk deseja interferir.
Essa não é a primeira vez que o bilionário se posiciona contra a remoção ou impedimento de publicações no Twitter.
Em abril de 2022, Musk publicou em sua conta na plataforma que a ““Liberdade de expressão é a base da democracia funcionando, e o Twitter é a praça da cidade digital onde são debatidos assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidas”.
Na época, a postagem foi feita em oposição à Lei de Serviços Digitais aprovada pela União Europeia, que prevê que plataformas como Facebook e TikTok sejam rápidos em retirar conteúdos que disseminam ódio de suas redes.
Quais tipos de publicações podem gerar uma demissão?
Os processos de demissão por justa causa que ocorrem por conta de posts em mídias sociais podem variar muito de acordo com cada empresa.
Contudo, separamos para você algumas das causas mais recorrentes nesses casos.
Em primeiro lugar aparecem as postagens que ferem regras legais ou direitos de bons costumes. Em outras palavras, a disseminação de conteúdos ilegais ou discursos de ódio podem ser uma justificativa válida.
Entre os motivos aparece também o uso indevido das redes sociais durante o horário de trabalho ou o uso de mídias não autorizadas.
Ofensas ao pudor, especialmente quando desrespeitam outros colegas de trabalho, são uma justificativa recorrente. Além dela, manifestações de racismo, homofobia ou outros discursos do tipo também podem ser usados.
Por fim, as redes sociais acabam sendo um mecanismo para detectar empregados mentirosos. A entrega de atestados pode ser motivo de demissão se, no período de afastamento, o funcionário aparecer em festas ou viagens, por exemplo.
Mas fique atento, pois esses não são os únicos motivos. O advogado trabalhista Antonio Carlos Aguiar alerta que “O funcionário pode ser demitido não somente se falar mal da empresa, mas até se der um “like” para algo que seja ruim para a marca.
Entretanto, como mencionamos acima, os empregados que se sentirem lesados por demissões desse tipo, podem entrar na justiça para reaver seus direitos.
Mas e você, conhece alguém que já foi demitido por má conduta nas redes sociais? O que acha da medida tomada por Elon Musk? Queremos saber a sua opinião!
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