O novo app criado por Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger surfa na onda da IA para criar uma seleção de recomendações, ao melhor estilo TikTok, sobre notícias!
Usar as redes sociais como uma fonte de informação é uma maneira inteligente de otimizar seu tempo e ainda se manter dentro das notícias. Entretanto, acabamos sempre esbarrando na confiabilidade das fontes.
Pensando nisso, Kevin Systrom e Mike Krieger, criadores do Instagram, agora lançam uma nova ferramenta que une a inteligência dos algoritmos com notícias de fontes seguras para criar um ‘For You’ perfeita para cada utilizador.
Cinco anos depois de deixarem a Meta por desavenças com Mark Zuckerberg, os engenheiros de software focaram seus esforços em desenvolver o Artifact com a missão de revolucionar a experiência de divulgação de notícias.
Talvez você esteja pensando que a proposta da plataforma não é exatamente inovadora, afinal existem centenas de apps que compilam notícias por aí.
Entretanto, o que diferencia a nova ferramenta é que ela não é um app de notícias comum.
Segundo informações do próprio site do Artifact sua proposta é “encontrar as reportagens gratuitas mais informativas para você, removendo textos caça-cliques e usando inteligência artificial para criar resumos rápidos”.
Mas como é usar esse app na prática? A seguir, vamos te mostrar tudo o que precisa saber e muito mais!
Como o Artifact funciona?
O TikTok foi o grande responsável por viabilizar as páginas chamadas de ‘For You’, que nada mais são do que listas de reprodução desenhadas com algoritmos de forma a serem extremamente personalizáveis para cada utilizador.
Essa é uma proposta de entrega de conteúdo bem diferente do que estávamos acostumados com o Twitter, Threads ou Instagram, por exemplo, onde ficávamos restritos ao que era produzido pelos seguidores.
Porém, a proposta de uma uma timeline mais personalizada e a possibilidade de acessar conteúdos relevantes para cada utilizador, sem que seja necessário seguir os criadores, revolucionou as redes sociais.
Em entrevista ao site The Verge, Kevin Systrom afirmou saber que essa mudança “era o futuro das redes sociais”, o inspirando para desenvolver o Artifact.
Disponível para iOS e Android, o app funciona de maneira intuitiva e personalizada.
Ao fazer o cadastro, o utilizado é capaz de escolher temas de interesse como política, artistas, TV e filmes, economia e até mesmo esportes específicos como F1 e NFL.
Outra pergunta feita pelo app é se o utilizador possui alguma conta paga em veículos de notícias do mundo. Caso não, apenas matérias gratuitas aparecerão na sua ‘For You’.
Uma informação interessante é que a plataforma não se posiciona como uma concorrente dos noticiários, mas sim como uma ferramenta que facilita o acesso às matérias.
Uma vez que todas essas informações sejam definidas, as primeiras notícias serão selecionadas para a sua página de forma totalmente única.
Com o uso do aplicativo, o algoritmo começará a entender melhor as preferências do utilizador e aprimorar a seleção do conteúdo.
Além disso, as matérias podem ser acessadas dentro da própria plataforma, o que permite que o utilizador fique informado em poucos cliques.
Artifact ainda é uma rede social
Apesar de ter uma proposta um tanto diferente do primeiro app criado por Systrom e Krieger, o Artifact ainda é uma rede social.
Dessa maneira, os utilizadores são capazes de seguir amigos, ver o que eles estão acessando, deixar comentários, likes e compartilhar conteúdos interessantes.
Para tornar a ferramenta ainda mais precisa e benéfica, ela ainda conta com a função “corrigir abusos”.
A ideia dessa opção é que os utilizadores possam denunciar matérias chamadas de clique-bait, ou seja, aquelas com títulos chamativos mas que não entregam o que é prometido em suas manchetes.
Com isso, os próprios participantes da rede podem avisar sobre notícias tendenciosas para outros utilizadores.
Entretanto, ainda que o viés social esteja presente no Artifact, Systrom deixa claro que essa não é a função principal da plataforma.
“Pode ser meio brega dizer isso, mas muitas vezes eu sentia que a pior parte das redes sociais era o lado social. Era um truque que usávamos para filtrar informações para as pessoas. Mas agora não precisamos mais desse truque, porque podemos aprender o que é interessante para cada um, quantificar e construir perfis individuais, e assim entregar conteúdo é de alta qualidade, equilibrado e interessante”, disse ao The Verge.
Até o momento, o app está disponível apenas em inglês, mas pode ser baixado por qualquer utilizador de forma gratuita.
E você, vai testar essa nova rede social de notícias?
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