A Apple enfrenta um dilema no que toca às recentes alterações legislativas implementadas pela União Europeia, que visam tornar a tecnologia mais amigável para os utilizadores e aumentar a sustentabilidade da produção.
Num momento em que os consumidores trocam de smartphones não por insatisfação com a performance, mas devido ao desgaste da bateria, a empresa procura cumprir as novas regras e ao mesmo tempo buscar soluções eficazes.
Baterias removíveis: uma falha ou uma solução?
Contrariando a perspetiva da maioria dos consumidores, a Apple argumenta que as baterias removíveis representam um ponto de falha no design dos smartphones modernos. John Ternus, vice-presidente sénior de engenharia de hardware da Apple, justifica que isso pode originar um conflito entre durabilidade e capacidade de reparação.
A ideia é que tornar a bateria removível fragiliza a estrutura do smartphone, tornando-o mais suscetível a danos. Além disso, pode também influenciar as certificações de resistência à água e ao pó. Portanto, é preciso encontrar um equilíbrio nesse sentido.
O compromisso da Apple
Entretanto, a Apple pretende cumprir as novas regras, tentando encontrar soluções para tornar os pontos mais fracos dos seus aparelhos em pontos fortes. A empresa deve adotar uma estratégia que, por exemplo, possa aumentar a durabilidade da bateria, para que esta dure mais tempo, durante mais anos.
Em suma, a Apple deverá cumprir as novas regras, mas com especial atenção às exceções. Isto significa que, mesmo que a bateria continue a ser “fixa”, a empresa se compromete a usar as tecnologias mais avançadas para garantir uma maior longevidade deste componente.
Portanto, fica a questão: estará a Apple a resistir a um avanço em prol da sustentabilidade ou a preservar a integridade e durabilidade dos seus aparelhos? De uma forma ou de outra, é um debate que certamente continuará a agitar o mundo da tecnologia nos próximos tempos.
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