Dave Willner, responsável pela segurança da OpenAI, a empresa por trás do Chat GPT, anunciou ontem à noite, através de um post no LinkedIn, que deixou o cargo para assumir uma posição como consultor. O motivo por trás da sua decisão é a intenção de passar mais tempo com a sua jovem família. Willner estava a desempenhar a função de chefe de segurança há ano e meio.
A saída de um profissional experiente como Willner do cargo de diretor de Confiança e Segurança ocorre num momento crítico para o mundo da IA, que tem sido objeto de entusiasmo devido às capacidades das plataformas de IA generativa. Essas plataformas utilizam grandes modelos linguísticos e são extremamente rápidas na criação de texto, imagens, música e muito mais, com base em sugestões simples dos utilizadores. No entanto, o crescente entusiasmo também vem acompanhado de uma série de questões e desafios.
Regulação e Segurança no Admirável Mundo Novo da IA
Um dos principais tópicos em destaque é a regulamentação da atividade e das empresas no mundo da IA. Com a capacidade de gerar conteúdo de forma quase livre e ilimitada, surge a necessidade de estabelecer diretrizes e limites para o uso responsável dessa tecnologia. As questões éticas também estão na ordem do dia, visto que o conteúdo gerado pode ter impactos significativos em diversos âmbitos da sociedade.
Para além disso, a discussão sobre a melhor forma de atenuar eventuais impactos negativos resultantes do uso massivo da IA é outra prioridade. A confiança e a segurança tornaram-se partes fundamentais dessas conversas, pois é imprescindível garantir que as aplicações de IA sejam seguras e confiáveis.
A decisão de dar prioridade à família
Com a experiência de Dave Willner no setor de IA e a sua posição de confiança e segurança na empresa, a sua saída pode ter repercussões. No entanto, Willner decidiu dar prioridade à família.
No seu longo post no Linkedin afirma que “A OpenAI está a atravessar uma fase de grande intensidade no seu desenvolvimento – e os nossos filhos também. Qualquer pessoa com filhos pequenos e um trabalho superintenso pode relacionar-se com essa tensão, penso eu, e estes últimos meses cristalizaram realmente para mim que teria de dar prioridade a um ou a outro”. Sem surpresas, a escolha recaiu sobre a família.