Rho Ophiuch é o berço de estrelas mais próximo da Terra, a apenas 390 anos-luz da Terra e foi fotografado James Webb. A foto foi divulgada pela NASA no primeiro aniversário do telescópio espacial.
Cerca de 50 estrelas com massas comparáveis às do nosso Sol estão salpicadas de branco: algumas completamente formadas e brilhantes, outras ainda escondidas atrás de regiões escuras e densas de poeira interestelar.
Perto do centro da imagem está uma estrela madura chamada S1, com a sua luz a iluminar a nebulosa amarela à sua volta. No canto superior direito estão jactos vermelhos de hidrogénio molecular, material que é expelido de ambos os lados das protoestrelas em formação. As sombras negras perto destas regiões são discos de acreção de gás e poeira em redemoinho – alguns dos quais podem estar a criar sistemas planetários.
O espanto que a imagem inspira é comparável ao que os investigadores sentem em relação ao primeiro ano de ciência do Webb.
“Como astrónoma que vive e respira esta missão, tenho de me esforçar muito para me manter a par – são tantas as descobertas”, disse Jane Rigby, cientista sénior do projeto do telescópio no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA.
O observatório foi lançado no Natal de 2021, e os cientistas passaram os seis meses seguintes a preparar o telescópio para a ação: desdobrando o seu escudo solar e o conjunto de espelhos dourados em forma de favo de mel, depois realizando testes dos quatro instrumentos utilizados para observar o cosmos. Quando ficou pronto, o Webb embarcou na sua viagem para analisar as profundezas do universo.
Desde então, a agenda do telescópio tem sido muito preenchida. Já observou asteroides, quasares, exoplanetas e outros fenómenos cósmicos. Para Jane Rigby, uma das realizações mais gratificantes do último ano é a forma como a missão cumpriu a sua promessa de revelar os primeiros momentos do tempo cósmico.
“Era esse o objetivo da missão: Vamos mostrar-vos as fotografias de bebé do Universo”, afirmou ao New York Times, para sublinhar: “Os dados do telescópio são melhores do que prometemos. Superou o desempenho em quase todos os aspectos.”
A agenda do telescópio para o próximo ano já está definida, com cerca de 5.000 horas de tempo de observação privilegiado para um conjunto de projetos relacionados com a formação galáctica, a química estelar, o comportamento dos buracos negros, a estrutura em grande escala do nosso universo e muito mais. Muitos destes projetos – mais ambiciosos do que no ano passado, agora que os cientistas sabem o que o telescópio pode fazer – são dedicados a dar seguimento às próprias descobertas do Webb.
Embora o telescópio seja operado pela NASA, pela Agência Espacial Europeia e pela Agência Espacial Canadiana, foram selecionados observadores de todo o mundo para o utilizarem. “Este é o telescópio da humanidade e queremos as melhores ideias de todo o mundo”, disse Jane Rigby.
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