O gigante do e-commerce, Amazon, vê-se agora na mira das autoridades europeias da concorrência devido à sua aquisição da iRobot, a empresa por detrás do famoso aspirador robótico Roomba, num negócio de $1.7 mil milhões.
A Comissão Europeia lançou uma investigação completa, alertando que o negócio pode ter um impacto negativo na competição do mercado e reforçar a já dominante posição da Amazon enquanto fornecedor de mercado online.
A empresa tem até 15 de novembro para responder às questões da Comissão Europeia. A Amazon, numa declaração à Reuters, disse estar focada em responder a todas as perguntas e preocupações identificadas nesta fase do processo.
Globalmente, as autoridades da concorrência têm aumentado o escrutínio sobre as grandes empresas de tecnologia quando estas adquirem rivais mais pequenos. A acumulação de grandes quantidades de dados por um número reduzido de empresas e a expansão de negócios já dominantes para novos mercados são motivos de preocupação.
Aposta na domótica
Anunciada em agosto do ano passado, esta aquisição adicionaria o robô aspirador Roomba ao portfólio de dispositivos inteligentes da Amazon. Este conjunto de produtos já inclui o assistente de voz Alexa, termostatos inteligentes, equipamentos de segurança e ecrãs inteligentes de parede.
A iRobot lançou o seu primeiro aspirador Roomba em 2002 e a Amazon já havia declarado que o mercado dos aspiradores é altamente competitivo, com vários concorrentes chineses.
Benefícios para o consumidor?
A Comissão Europeia teme que a transação permita à Amazon restringir a competição no mercado dos aspiradores robóticos e fortalecer a sua posição enquanto fornecedor de mercado online.
Apesar de tudo, um porta-voz da Amazon defendeu que a empresa poderia “oferecer a uma empresa como a iRobot os recursos para acelerar a inovação e investir em funcionalidades críticas, enquanto baixa os preços para os consumidores.”
Esta decisão surge um mês após a agência de antitrust do Reino Unido ter dado luz verde ao negócio, sem restrições, após uma revisão preliminar.
Outros artigos interessantes: