A Unihertz acabou de lançar o seu novo smartphone, o Jelly Star. Entre os vários pontos de destaques é impossível não destacar o que salta à vista logo no primeiro olhar, é extremamente pequeno! Mas, não é pequeno ao jeito de um iPhone Mini, ou algo semelhante. Perante olhares menos atentos, o Unihertz Jelly Star passará muito bem por um simples brinquedo de criança, mas de brinquedo, tem muito pouco.
O smartphone já está disponível através de uma campanha dedicada na plataforma Kickstarter (o smartphone já se encontra disponível no site oficial da marca), onde foi um sucesso instantâneo, ultrapassando o seu objetivo de investimento largamente em apenas alguns minutos. Por isso, não é de estranhar que as ofertas iniciais tenham esgotado de imediato. O Unihertz Jelly Star teve um número limitado de ofertas a apenas 139 euros. No entanto, ainda podes comprar este fantástico “mini-smartphone” por apenas 159 euros.
Se quiseres poupar ainda mais dinheiro, podes também optar por um investimento em duas unidades, que custará apenas 288 euros.
Considerando o seu tamanho, o Jelly Star apresenta uma lista de especificações que exigem respeito, equiparando-se a virtualmente qualquer smartphone gama-média da atualidade. A “maior” diferença, é mesmo o facto de caber confortavelmente na palma da tua mão, ou no bolso mais pequeno das tuas calças!
Especificações do Unihertz Jelly Star
- Ecrã LCD de 2,63″ polegadas, com proteção Panda Glass
- Processador MediaTek Helio G99 (o mesmo utilizado no Xiaomi POCO M5)
- 8GB de memória RAM + 256GB de armazenamento (expansível através de cartão MicroSD)
- Câmara traseira de 48 megapixels (AF)
- Câmara frontal de 8 megapixels (FF)
- Sistema operativo Android 13
- Suporte para pagamentos sem fios (NFC)
- Leitor de impressão digital no painel traseiro
- IR Blaster (para servir de comando para a televisão)
- Entrada dedicada para headphones
- Rádio FM
- Bateria de 2,000mAh com suporte para carregamento a 10W
Design e funcionalidades de destaque no Jelly Star
O Jelly Star está longe de ser o “típico smartphone” dos dias de hoje, levando ao extremo o conceito de “smartphone pequeno”. Muito provavelmente, este é o smartphone mais pequeno do mundo, pelo menos numa categoria em que valha a pena utilizar o dispositivo.
O seu design em forma de “sabonete” faz com o que o seu pequeno formato pareça ainda mais pequeno, tornando-se extremamente confortável de manusear. À frente, além do seu ecrã, vais encontrar também a câmara frontal numa pequena notch e 3 botões capacitivos, utilizados para navegar na sua interface. Na sua traseira estão presentes dois grandes LEDs (à semelhança do seu outro smartphone Unihertz Luna), o leitor de impressão digital, flash LED e a câmara de 48 megapixels.
Na lateral esquerda vais encontrar apenas os botões de volume, enquanto no lado oposto tens a entrada USB-C para carregamento, botão de energia, botão de atalhos (personalizável) e a bandeja para o SIM e cartão de memória.
Em termos do seu tamanho, não há muito mais a dizer, é um smartphone extremamente pequeno! Como podes ver nas imagens, a chocante diferença perante outros gadgets é por demais evidente, estando muito mais perto do tamanho de uma GoPro 11 do que de um smartphone “moderno” como o Xiaomi BlackShark.
Ao olhar para o painel traseiro vais perceber rapidamente que o Jelly Star chega com um painel transparente que, ao contrário do que aconteceu com tantas outras fabricantes, é realmente transparente. Ou seja, vais conseguir ver facilmente todos os componentes internos do smartphone. Com os materiais de construção em plástico e o seu aspeto “brinquedo” seria de espera que fossem de qualidade inferior, mas isso não poderia estar mais longe da verdade.
Um desempenho de gigante para o pequenino Unihertz Jelly Star
Nem vale a pena tentar mentir, a primeira reação que tive quando tirei o smartphone da caixa foi, “o que vou fazer com isto?” Mas depois de uma rápida configuração e instalação das aplicações (e jogos) principais que tinha no meu BlackShark, o Jelly Star não parou de impressionar. É impossível fugir ao facto de que o teclado é extremamente pequeno, e pode demorar um pouco de tempo até que te habitues, mas vais ver que a funcionalidade de deslizar para escrever nunca foi tão útil.
No que respeita ao seu desempenho no dia a dia, não fosse pelas suas dimensões, dizia que podia ser um qualquer smartphone Xiaomi/Realme/Oppo do segmento gama-média. Seja para navegar na internet, utilizar redes sociais, gerir emails ou escrever mensagens, não encontrei um único momento de “atraso” na resposta do Jelly Star. Até mesmo para ver vídeos no YouTube (sim, é possível!) o seu desempenho foi impressionante.
Uma funcionalidade que infelizmente continua ausente em muitos smartphones “de nicho” é o sensor para gerir o brilho do ecrã automaticamente. Pois bem, ele está presente neste smartphone e, na grande maioria das situações funciona na perfeição.
Em situações típicas do dia a dia, como chamadas de voz e vídeo-chamadas através do WhatsApp, o Jelly Star portou-se como um verdadeiro campeão. A qualidade de som equipara-se a smartphones bastante mais caros e, a sua câmara frontal (apesar de modesta) não deixou nada a desejar. Além disso, consegue atingir velocidades de internet bem acima dos 300MB quando ligado a Wi-Fi, o que também é um ponto muito interessante.
A Unihertz conseguiu refutar muitas das alegações de grandes fabricantes (e de grandes smartphones) que dizem não ter espaço para algumas das amadas funcionalidades, tal como entrada para headphones e IR Blaster. Pois bem, o Unihertz tem tudo isso, num formato que no mínimo corta o “smartphone tradicional” ao meio.
Capacidades fotográficas modestas, mas impressionantes para um “mini-smartphone”
Não é que tenha tido a oportunidade de testar muitos “mini-smartphones” ao longo dos anos, mas habitualmente este tipo de dispositivo é fabricado por fabricantes desconhecidas, ou com pouca seriedade. A constante preferência na utilização de atalhes para cortar nos custos acaba por resultar em smartphones que dificilmente podem ser utilizados no dia a dia.
Mais concretamente no segmento fotográfico, são habitualmente inúteis, sendo preferível utilizar o espaço ocupado pelas câmaras com outra qualquer gimmick.
No caso do Unihertz Jelly Star, isso não acontece. A câmara frontal é perfeitamente capaz de oferecer uma boa qualidade para vídeo chamadas, que será garantidamente a sua utilização mais frequente. No que respeita à câmara traseira, ainda que não vá conseguir tirar fotografias dignas de transformar em quadros para pendurar na parede, consegue impressionar quase sempre, desde que o ambiente seja bem iluminado.
Podes ver as fotos na sua resolução original e sem compressão aqui.
Autonomia não será um problema
O Unihertz Jelly Star chega equipado com uma bateria de 2,000mAh, que se revelou mais do que suficiente para garantir uma autonomia muito boa. Com uma utilização normal (jogos simples, mensagens, YouTube, redes sociais, vídeo-chamadas), dura perfeitamente um dia inteiro. Caso decidas poupar um pouco mais na sua utilização, vai certamente conseguir oferecer uma autonomia para um dia e meio.
No que respeita ao seu tempo de carregamento, podes contar com cerca de 60 minutos para alcançar uma carga completa, dos 0 aos 100%.
Preço e disponibilidade
Tal como referido no início do artigo, o Unihertz Jelly Star foi lançado através da plataforma Kickstarter, onde o podes encomendar com preços muito especiais. Seja como smartphone secundário, para emergências, ou simplesmente para fugires à tendência dos smartphones gigantes, não te vais arrepender. Em baixo estão algumas das ofertas ainda disponíveis na altura de escrita desta análise:
- 1x Jelly Star – 159 euros
- 2x Jelly Star – 288 euros
- 3x Jelly Star – 427 euros
- 5x Jelly Star – 705 euros
- 10x Jelly Star – 1,400 euros
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