Pode parecer estranho, mas há quem prefira ter um robot como chefe, em vez de um humano. De acordo com uma pesquisa recente, realizada pelo serviço de Inteligência Artificial Business Name Generator, quase um quinto dos mil funcionários inquiridos nos EUA e no Reino Unido mostrou-se satisfeito com a ideia de ter um robô automatizado a substituir o seu chefe atual.
Esta opinião parece surgir de uma insatisfação comum com os empregadores. A falta de apreciação e empatia, bem como a demonstração de favoritismo em relação a alguns funcionários, foram as principais queixas apresentadas.
Robots no comando: eficiência, justiça e ausência de drama
Outras reclamações dos funcionários relacionavam-se com expectativas pouco claras, desorganização e micro management por parte dos seus superiores. 1 em cada 5 trabalhadores acreditam que um robot faria um melhor trabalho nessa posição. Além disso, um terço dos inquiridos acredita que, de qualquer forma, os robots irão dominar o ambiente de trabalho em breve.
De forma surpreendente, 30% dos funcionários do sector das Artes e Cultura no Reino Unido afirmaram que ficariam felizes se um robô substituísse o seu chefe, tornando este sector o mais representado nesta opinião. Seguiram-se os sectores de Recursos Humanos (23%) e de Manufatura e Utilidades (19%). A área das Finanças empatou com estas últimas, com 19% de aprovação, e a Saúde ficou em quinto lugar, com 17%.
Existe uma pequena discrepância entre géneros, com 18% dos homens e 14% das mulheres a mostrar-se satisfeitos com a ideia de ter um robot como chefe. A diferença é maior entre gerações: um terço dos respondentes entre os 18 e os 24 anos mostrou-se favorável a esta mudança, enquanto apenas 12% dos que têm mais de 55 anos partilham a mesma opinião.
Os motivos mais comuns para preferir um gerente IA em vez de um humano incluem a eliminação percebida de favoritismo e discriminação, bem como a sua superioridade na tomada de decisões imparciais. Outras razões apontam para que a IA removeria o drama no local de trabalho e tornaria o ambiente mais justo.
Os únicos pontos negativos referidos pelos inquiridos relacionam-se com a ausência de habilidades mais “humanas” por parte de um chefe-robot e a dificuldade em encarar a IA como uma figura de autoridade. No entanto, 22% dos inquiridos afirmaram que se sentiriam mais à vontade para falar com um robô acerca das suas frustrações no trabalho, e 18% confiariam mais num chefe IA do que num humano.
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