A energia limpa vem sendo pauta frequente quando o assunto é a necessidade de países e organizações diminuírem a emissão de poluentes. São diversos fatores que direcionam, cada vez mais, os olhares para esse assunto. Questões ambientais, diversificação de energia e deixar de ser refém dos principais produtores de energias fósseis são os principais pontos.
A China, por exemplo, tem trabalhado com muita intensidade no desenvolvimento de novas tecnologias. Para se ter uma ideia, eles têm um reator de fusão nuclear que é conhecido por muitos como “sol artificial”.
Como o “sol artificial” produz energia limpa?
Também conhecido como EAST, que é a sigla em inglês para Supercondutor Avançado Experimental Tokamak, o reator funciona desde 2006. Ele fica localizado no Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências, na província de Anhui, na região Leste do país.
O sol artificial libera uma grande quantidade de energia limpa quando algumas quantidades de determinadas substâncias se juntam. No caso, há uma mistura de dois átomos de hidrogênio que geram uma força e se combinam com um átomo de hélio maior.
É importante destacar que, durante esse processo, não há criação de resíduos radioativos, algo comum em outras reações nucleares. Além disso, não há liberação de dióxido de carbono na atmosfera.
Recorde de fusão nuclear
O governo pretende colocá-lo em operação, em definitivo, daqui a 12 anos. Mas, para isso, algumas metas precisam ser cumpridas. Em 2017, o EAST conseguiu manter a operação por 101 segundos. Esse era o recorde de produção.
Mas, agora, neste ano, o sol artificial se manteve ativo por 403 segundos, totalizando 7 minutos. De acordo com informações da agência de notícias chinesa CGTN, foram necessárias mais de 120 mil tentativas para conseguir atingir essa meta.
O foco dos cientistas agora é conseguir desenvolver uma tecnologia que seja possível ser base para novas construções de reatores nucleares com alta produção de energia limpa e baixo custo. São muitos os processos que precisam ser cumpridos.
Dentre eles, há a necessidade de criar algo capaz de aquecer e manter o deutério (um núcleo atômico) com uma temperatura de dezenas de milhões de graus celsius. São vários avanços que precisam acontecer em diversas áreas.
Apesar de essa geração de energia ser muito promissora, já é possível encontrar no mercado outras opções como o financiamento de energia solar. Esse, inclusive, tem avançado muito em vários países com alta produção. É o mundo inteiro dando passos importantes para uma nova evolução no fornecimento de energia.
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