O selo do Vaticano que comemora as Jornadas Mundiais da Juventude e que causou grande polémica foi retirado de circulação apenas um dia depois de ser apresentado.
A retirada de circulação tão rápida deve ser caso único na história da filatelia, ou pelo menos muito raro, e torna o polémico selo como um objeto de coleção raro e apetecível.
O selo de comemoração das Jornadas Mundiais da Juventude que se realizam este ano em Portugal tem uma estética muito semelhante à do Estado Novo, e por isso causou tanta polémica.
A polémica do selo do Vaticano
Da autoria de Stefano Morri, o selo mostra o Padrão dos Descobrimentos, só que com o Papa e crianças a substituir as estátuas do Infante D. Henrique e dos navegadores.
“Da mesma forma como o timoneiro D. Henrique lidera a tripulação na descoberta do novo mundo, assim também no selo do Vaticano o Papa Francisco conduz os jovens e a Igreja, representada pela barca de Pedro, na descoberta desta “mudança de época” – como afirmou o Pontífice por ocasião da Conferência Eclesial de Florença, sem se resignar a navegar apenas em águas rasas a ponto de ignorar a realidade do porto que os aguarda.” Foi esta a forma como o selo foi apresentado pelo Vatican News.
Questionado pela agência Lusa, o bispo português Carlos Moreira Azevedo, Delegado do Comité Pontifício para as Ciências Históricas, considerou de “péssimo mau gosto” o selo. Para Carlos Azevedo, que exerce as suas funções no Vaticano, o selo evoca uma “obra muito conotada”.
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