O projeto Safeforest desenvolveu um sistema robótico que moderniza a prevenção de incêndios.
Com um sistema robótico, o projeto Safeforest permite o mapeamento das áreas florestais e a implementação de missões de limpeza dos terrenos florestais, de forma a reduzir o risco de incêndios florestais e os custos que lhes estão associados.
Micael Couceiro, CEO da Ingeniarius, a empresa promotora do projeto, afirma que “as plataformas terrestres e aéreas semiautónomas desenvolvidas no âmbito do projeto possuem o potencial necessário para realizar missões de limpeza de terreno de forma mais rápida e precisa, em comparação com os métodos tradicionais. Estes robôs encontram-se dotados de software para localização, mapeamento e operação no terreno, integrados numa plataforma para a gestão e visualização dos dados extraídos, de forma a planificar eficazmente as missões de limpeza.”
Graças à utilização destes robôs móveis, é possível remover a vegetação redundante de forma eficiente e segura, reduzindo o risco de incêndios florestais
“O projeto pretende reduzir drasticamente os custos associados à manutenção de florestas, nomeadamente junto a habitações, bem como à proteção de corredores largos utilizados como faixas de interrupção de combustível e corredores junto a infraestruturas críticas (estradas, caminhos-de-ferro, linhas e antenas de telecomunicações, linhas de eletricidade), de forma a controlar e reduzir a propagação de grandes incêndios florestais”, afirma a empresa.
Além destas mais-valias, os sistemas de navegação autónoma desenvolvidos dotam os robôs terrestres da capacidade de navegar semiautonomamente, o que contribui para a redução do risco para os operadores humanos, para a redução do impacto ambiental da limpeza de terreno reduzindo, por exemplo, a utilização de herbicidas; e, finalmente, para a melhoria da capacidade de adaptação a diferentes tipos de terreno e condições climáticas.
De acordo com Micael Couceiro, “embora tenham sido alcançados resultados significativos no projeto Safeforest, ainda há muito a ser feito para que a solução seja comercialmente viável. Em particular, é preciso melhorar o acoplamento entre a percepção e a ação dos robôs, para que eles possam operar com maior eficácia em ambientes complexos e dinâmicos, como os encontrados em florestas.”
O projeto Safeforest é liderado pela Ingeniarius, em colaboração com a SILVAPOR e as instituições de investigação ADAI (Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial), ISR (Instituto de Sistemas e Robótica) da Universidade de Coimbra e a Universidade Americana Carnegie Mellon (CMU).
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