Primoz Roglic arrancou a liderança do Giro d’Itália na crono-escalada em que João Almeida garantiu o terceiro lugar.
Os 18,6 quilómetros da crono-escalada do Monte Lussari prometiam muita emoção, mas os últimos quilómetros foram épicos. Teoricamente, João Almeida ainda lutava pela camisola rosa, símbolo de líder do giro, mas sabia – como afirmou ontem – que Geraint Thomas e Primoz Roglic estavam muito fortes.
Hoje foi isso que se viu na estrada. O autêntico muro do Monte Lussari mostrou um grande João Almeida, com o corredor português a querer pelo menos a vitória na etapa. Quando chegou à meta, João Almeida vinha com o melhor tempo, mas faltavam ainda os outros dois ciclistas, que se sabia estarem a fazer tempos-canhão.
Problema mecânico a meio da escalada
A meio da subida, salta a corrente a Primoz Roglic, que tem de parar, sair da bicicleta e resolver o problema mecânico. O esloveno vinha com tempos que lhe permitiam alcançar a liderança no Giro, mas a partir daí, só em sonhos. Roglic, um super Roglic, permitiu-se continuar a sonhar e quando passou a linha de meta tinha tirado 40 segundos ao tempo de João Almeida.
Agora, já só o líder estava na estrada. Geraint Thomas estava a fazer um contrarrelógio ao nível do que o seu adversário tinha feito, mas começou a ter ais dificuldades nos quilómetros finais.
Roglic vence Giro por 14 segundos
Mesmo com o problema mecânico, Primoz Roglic agarrou a liderança do Giro d’Itália por 14 segundos sobre Thomas.
O ciclista português João Almeida sobre pela primeira vez ao pódio de uma grande volta e conquista, também pela primeira vez, a camisola branca, símbolo da juventude do Giro.
Amanhã, corre-se a última etapa do Giro d’Itália 2023. São 135 quilómetros com partida e chegada em Roma e que por tradição são de consagração dos vencedores.
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