O mundo das aplicações transformou-se numa avalanche de spam digital, e isso precisa de parar. Desde que os smartphones surgiram, temos assistido a um aumento significativo no número de aplicações disponíveis. Mas será que todas são realmente úteis?
Excesso de aplicações em todos os setores
Parece que todas as empresas têm a sua própria aplicação. Seguradoras, bibliotecas e supermercados são apenas alguns exemplos. Enquanto isso pode ter sido positivo no início, quando o ecossistema estava a ser povoado, atualmente a situação tornou-se bastante aborrecida, principalmente quando somos obrigados a descarregar uma aplicação para aceder a determinados serviços.
Outro problema com a atual paisagem das aplicações é a quantidade de aplicações que servem apenas para uma função específica e que acabam por ser usadas apenas uma ou duas vezes. Isso leva a que muitas aplicações fiquem esquecidas no telemóvel, ocupando espaço de armazenamento e, em alguns casos, até recolhendo dados sem o nosso conhecimento.
A importância da consolidação
Entendemos e apoiamos a livre concorrência e a criação de oportunidades de emprego no setor das aplicações. No entanto, talvez seja necessário repensar a quantidade de aplicações disponíveis atualmente. As aplicações que consolidam vários serviços são um exemplo a seguir. Por exemplo, o WeChat começou como uma aplicação de chat e, hoje em dia, permite enviar e receber dinheiro, fazer compras e muito mais.
O Grab, equivalente asiático ao Uber, começou como um serviço de partilha de boleias e expandiu-se para a entrega de mercadorias, compras de alimentos e recargas de serviços pré-pagos, entre outros.
A própria Meta já reconheceu que não é necessário haver uma aplicação para tudo. A empresa tentou criar aplicações individuais para diversos serviços, como o chat do Instagram, mas acabou por voltar atrás e integrar todas as funcionalidades na aplicação principal.
É importante dar aos consumidores opções no que diz respeito a aplicações, já que cada pessoa tem necessidades e prioridades diferentes. Contudo, as empresas devem repensar se a sua atividade realmente exige uma aplicação ou se estão apenas a criar aplicações por criar.
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