O mundo nunca gastou tanto dinheiro com despesas militares. Foram 2240 mil milhões de dólares gastos com a Defesa em 2022, de acordo com o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo.
De acordo com o Instituto, Estados Unidos, China e Rússia foram os países que mais contribuíram para o aumento das despesas militares, sendo em conjunto responsáveis por 56 por cento do total.
Este foi o oitavo ano consecutivo de aumento das despesas militares mundiais cresceram pelo oitavo ano consecutivo em 2022. O aumento mais acentuado das despesas (+13 por cento) verificou-se na Europa e foi em grande parte explicado pelas despesas russas e ucranianas. Contudo, a ajuda militar à Ucrânia e as preocupações acerca de uma ameaça acrescida por parte da Rússia influenciaram fortemente as decisões de despesa de muitos outros Estados, tal como as tensões na Ásia Oriental, afirma o Instituto Internacional de Investigação para Paz de Estocolmo (SIPRI).
Invasão da Ucrânia com impacto significativo nos gastos militares
“A invasão da Ucrânia teve um impacto imediato nas decisões de despesa militar na Europa Central e Ocidental. Isto incluiu planos plurianuais para aumentar as despesas de vários governos”, afirma Diego Lopes da Silva, Investigador Sénior do SIPRI’s Military Expenditure and Arms Production Programme (Programa de Despesas Militares e Produção de Armas do SIPRI). “Como resultado, podemos razoavelmente esperar que as despesas militares na Europa Central e Ocidental continuem a aumentar nos próximos anos”.
O aumento contínuo das despesas militares globais nos últimos anos é um sinal de que estamos a viver num mundo cada vez mais inseguro”, disse o Dr. Nan Tian, Investigador Sénior do SIPRI’s Military Expenditure and Arms Production Programme (Programa de Despesas Militares e Produção de Armas do SIPRI). Os Estados estão a reforçar a força militar em resposta a um ambiente de segurança em deterioração, que não preveem melhorar num futuro próximo”.
Alguns dos aumentos mais acentuados foram registados na Finlândia (+36 por cento), Lituânia (+27 por cento), Suécia (+12 por cento) e Polónia (+11 por cento), afirma-se no relatório do SIPRI hoje divulgado.
Embora a invasão total da Ucrânia em fevereiro de 2022 tenha certamente afetado as decisões de despesa militar em 2022, as preocupações com a agressão russa têm vindo a aumentar há muito mais tempo”, disse Lorenzo Scarazzato, Investigador do Programa de Despesas Militares e Produção de Armas do SIPRI. “Muitos dos antigos Estados do antigo bloco de Leste mais do que duplicaram as suas despesas militares desde 2014, o ano em que a Rússia anexou a Crimeia”.
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