A Tupperware pode falir. É a própria marca quem o disse, o que levou as suas ações a perderem 50 por cento só num dia.
Em comunicado, a icónica firma declara que está em risco de colapsar senão encontrar novas fontes de financiamento. Se o dinheiro não chegar depressa, a Tupperware pode falir.
Criada há 77 anos nos Estados Unidos, a Tupperware teve uns primeiros tempos difíceis. As caixas de plástico para armazenar comida não vendiam. Até que Brownie Wise se juntou à equipa. Em menos de nada, a Tupperware tornou-se um fenómeno e uma marca icónica da revolução alimentar ocidental dos anos 60.
Tudo graças ao método de venda criado por Brownie Wise, que ia diretamente ter com as consumidoras. As Tupperware Parties tornaram-se um must dos anos 60 e hoje Tupperware é mais do que uma marca, é sinónimo de um produto.
Tupperware pode falir porque não inovou
O sucesso da Tupperware foi tão grande, que a empresa parou no tempo.
Niel Saunders, analista citado pela BBC, afirma que a Tupperware pode falir porque “não mudou com os tempos, quer em termos dos seus produtos quer na distribuição”. Saunders afirma que o método de venda direta através das suas Tupperware Parties “deixou de conectar” com os clientes, fossem jovens ou mais velhos, que agora podem comprar online embalagens mais bonitas ou mais baratas.
Em comunicado à Bolsa de Valores, a Tupperware afirma que “se a Empresa não conseguir obter recursos de capital adequados ou alterações ao seu Contrato de Crédito, a direção prevê que terá uma liquidez inadequada para financiar as suas operações e satisfazer as suas obrigações, tal como previsto atualmente a curto prazo, de acordo com o seu actual plano de negócios”.
No mesmo comunicado, a empresa afirma que “isto exigiria que a direção modificasse as suas operações e reduzisse os gastos a um nível sustentável, entre outras coisas, atrasando, recuando ou eliminando alguns ou todos os investimentos em curso ou planeados da Empresa em infraestruturas empresariais, desenvolvimento empresarial, vendas e marketing, investigação e desenvolvimento e outras atividades, o que teria um efeito adverso material nas operações da Empresa, ou poderia ser forçada a interromper totalmente as suas operações.”
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