No Alasca, uma misteriosa espiral foi vista por várias pessoas que assistiam a uma aurora boreal. Há uma explicação simples para o fenómeno.
Na noite de sábado para domingo, perto de Anchorage, a capital do estado norte-americano do Alasca, várias pessoas viram uma misteriosa espiral em tons de azul, quando estavam a observar mais uma aurora boreal.
Em declarações ao Anchorage Daily News, Todd Salat, um “caçador de auroras”, explica que viu “uma súbita luz forte no horizonte que começou a tomar a forma de uma espiral”.
Foi nesse momento que Todd a fotografou. “Não fazia ideia do que era”, afirma o fotógrafo, que sublinha que a misteriosa espiral se movia rapidamente. “Era uma verdadeira obra de arte no céu”, diz, em declarações ao jornal do Alasca. A espiral desapareceu e Todd Salat continuou a fotografar a aurora boreal durante mais duas horas, uma vez que esse é o seu trabalho.
O mesmo fenómeno foi visto e fotografado a centenas de quilómetros de Anchorage. Bem dentro do Círculo Polar Ártico, na comunidade de Kotzebue, Elizabeth Withnall viu a mesma misteriosa espiral.
Ao Anchorage Daily News, Elizabett Withnall recordou que “temos muitos fenómenos muito invulgares no céu, no extremo norte. Já vi arcos de nevoeiro, e arco-íris à volta da lua. Por isso pensei, “isto é uma coisa estranha no céu, e não sei o que é, mas é bastante fixe”. ”
Misteriosa espiral tem explicação simples
Mas o fenómeno observado pelo fotógrafo Todd Salat e Elizabeth Withnall tem, afinal, uma explicação simples. A misteriosa espiral é o resultado do combustível de um foguetão lançado horas antes na Califórnia, mais concretamente a missão SpaceX Transporter-7 que foi lançada no Falcon 9 e que transportava 25 satélites.
Don Hampton, um professor associado da Universidade do Alasca, afirma que o fenómeno foi causado pela largada de combustível em excesso do foguetão. “O vapor de água no escape do motor da segunda fase congela e capta a luz solar a alta altitude, brilhando efetivamente e criando esta galáxia espiral de uma exposição”, escreveu Hampton.
À medida que o foguete ganhava altitude, “fez esta passagem sobre o Alasca, impressionando muitos observadores noturnos”, disse.
A explicação científica acabou por desiludir o fotógrafo Todd Salat, e não por pensar estar perante extraterrestres ou outras explicações mais elaboradas: “A espiral era tão perfeita. Era linda. Foi uma pena pensar nisso como um escape, tenho de admitir”, disse ao Anchorage Daily News. “Gostei desse mistério, e do desconhecido, porque depois de descobrir o que era, reparei que a maravilha de tudo isso se desvaneceu um pouco”.
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