Embora os aviões elétricos ainda se encontrem na fase de experimentação, recentes desenvolvimentos nesta área indicam ser possível que se tornem comuns num futuro não muito distante. O maior obstáculo a ultrapassar é a baixa densidade de energia das baterias em comparação com o combustível de aviação, contudo, o desenvolvimento de novas tecnologias e materiais leves prometem aumentar o alcance e a eficiência destas aeronaves.
Gigantes do setor aeroespacial como a Airbus, a Boeing e a Rolls-Royce investem em tecnologias para aviões elétricos, impulsionados pelos potenciais benefícios ambientais e económicos, bem como pela pressão regulatória para reduzir as emissões de carbono.
CATL aposta na neutralidade carbónica para as suas baterias
A fabricante chinesa de baterias, Contemporary Amperex Technology (CATL), apresentou recentemente uma nova bateria que afirma conseguir alimentar aviões elétricos de passageiros. Esta bateria, de estado semi-sólido com eletrólito condensado, possui uma densidade de até 500 Wh/kg, permitindo armazenar 500 Watt-hora de energia para cada quilograma do seu peso. A CATL garante que a bateria pode ser produzida em massa num curto espaço de tempo e já trabalha com parceiros para desenvolver veículos elétricos aéreos.
Além disso, a CATL está empenhada em melhorar a pegada de carbono das suas baterias e pretende atingir a neutralidade carbónica nas suas fábricas até 2025 e em toda a cadeia de valor das baterias até 2035. Para isso, a empresa planeia concentrar-se na mineração, nos materiais a granel, nos materiais para baterias, na produção de células e nos sistemas de baterias.
Apesar de os aviões elétricos já estarem em desenvolvimento há algum tempo, ainda existem desafios significativos a serem superados antes de se tornarem uma alternativa viável aos aviões movidos a combustível de aviação tradicional. No entanto, a CATL acredita que a tecnologia por trás da sua bateria representa um avanço importante, com planos ambiciosos para alcançar a neutralidade carbónica nas suas fábricas até 2025 e em toda a cadeia de valor das baterias até 2035.
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