Identificação, representatividade e autoconfiança são apenas três exemplos do benefício de ver mulheres de verdade nas redes sociais e meios de comunicação
O mundo da moda, por muito tempo, ditou as novas tendências. Tudo que aparecia nas passarelas logo era adaptado para as lojas e ia parar nos guarda-roupas. Hoje, com a facilidade de fazer tudo pelo celular, as coisas mudaram um pouco e muitas novidades estão surgindo em redes sociais como o TikTok.
No entanto, mais do que ditar novidades, além de apresentar os melhores vestidos femininos e outras peças que prometem ser um sucesso, as mídias têm outra responsabilidade, a de mostrar mulheres reais.
Nas passarelas é raro ver alguém fora dos padrões, exceto se o desfile for voltado ao mundo midsize e plus size, mas, a mídia pode e deve fazer diferente. Afinal, existem vários biotipos e todos têm sua beleza.
Entenda agora porque é importante ver mulheres reais na mídia e como pode ser indicado fugir um pouco dos filtros das redes sociais.
Criar identificação
O primeiro motivo para se trazer mulheres reais nas mídias é a identificação. Como dito acima, hoje as pessoas estão sempre conectadas e querem conteúdos que sintam serem voltados para elas.
Se só mulheres de um determinado padrão são apresentadas, sempre bastante maquiadas e com filtros, como essa identificação pode acontecer? Afinal, é sabido que por trás das câmeras e efeitos todo mundo é diferente, tem algum defeito e algo que não gosta em seu próprio corpo.
Mais do que mostrar as mulheres reais, a mídia tem a missão de permitir que elas falem sobre o que gostam e o que ainda prejudica sua autoestima. Pense num exemplo simples, uma mulher com problemas de pele, com muita acne, ao falar sobre o tema de forma positiva, ela ajuda outras que passam pela mesma situação.
Trabalhar a autoaceitação
Ao conversar com uma mulher, a questão da autoestima sempre será abordada. Você perceberá que ela sempre está insatisfeita com algo, não se sente bem ao usar determinadas roupas, ir à praia ou ficar sem maquiagem. Muitas confessam que só tiram fotos se estiverem bastante produzidas.
Quando mulheres reais aparecem na mídia, você dá mais confiança para quem não é famoso se sentir bem e se expor. É mostrar o que é normal. Ter estrias é natural, assim como a flacidez conforme a idade avança. Com isso, é trabalhada a autoaceitação, o olhar para o próprio corpo com carinho.
E talvez surja a dúvida, isso não prejudicaria as marcas que vendem produtos anti-idade, por exemplo? Muito pelo contrário, a ideia é fugir das versões antigas de propagandas, onde se via uma mulher jovem e padrão usando o produto. Agora, além da variedade de biotipos, alguém que realmente tem linhas de expressão faz a divulgação.
Incentivar o desejo por algo por e para elas
Quantas vezes foi difícil encontrar algo específico para o seu biotipo, cabelo ou tipo de pele? Várias mulheres já passaram por essa situação de ter que se contentar com o apresentado na mídia, pois não havia divulgação das opções e se batia na tecla de que só um perfil era “ideal” ou “bonito”.
A presença de mulheres de verdade, com seus variados estilos, cabelos e tons de pele, traz representatividade. E mais, mostra que elas podem lutar e exigir produtos voltados exclusivamente para elas. Por que não ter mais itens próprios para cabelos cacheados? Roupas bonitas e confortáveis para mulheres midsize?
Esse incentivo de desejar algo por e para elas é uma consequência das outras duas questões trazidas acima. Primeiro ocorre a identificação, elas se sentem representadas. Depois, a autoaceitação, entender que ela não está errada por fugir de um suposto padrão correto. Por último, elas se sentem prontas para correr atrás do que precisam.
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