A inteligência artificial já é uma potente aliada em diversas áreas, incluindo no combate à “fast fashion”. Em tradução livre esse modelo de venda e consumo significa “moda rápida” e se define por não manter por muito tempo a mesma tendência em alta, propiciando a confecção de roupas menos duradouras e o retorno dos consumidores às compras em menos tempo.
Qual o problema da fast fashion?
Além do consumismo, outro problema intensificado pela fast fashion é a poluição. De acordo com levantamento divulgado pela revista Forbes, essa moda faz com que as roupas estejam sendo utilizadas cerca de cinco vezes antes de serem jogadas fora, dez vezes menos do que as peças de vestuário slow fashion, que, ao contrário da tendência atual, têm a finalidade de serem duradouras e atemporais. Tal produção acelerada faz com que a emissão de carbono seja 400% maior.
IA como auxílio para que quer fugir da fast fashion
Pensando nessas consequências negativas, empresas colocaram a inteligência artificial a favor da moda sustentável.
A startup Beni é um exemplo disso. Com ajuda da IA disponibilizada pela marca os clientes conseguem encontrar roupas de segunda mão quase idênticas a peças novas de maneira mais fácil e ágil. A empresa já arrecadou mais de US$ 1 milhão em investimento desde 2021, quando foi fundada.
Com serviços disponíveis gratuitamente nos Estados Unidos e Reino Unido, é possível que os consumidores instalem uma extensão em seus navegadores para que a tecnologia aponte alternativas quando procuram por produtos novos online. Ao entrar em uma loja comum, que pode ser de fast fashion, a extensão analisa a roupa selecionada e apresenta opções de brechó que contenham o máximo de semelhanças.
Conscientização aquece mercado de low fashion
O mercado de usados está cada vez mais aquecido. As roupas de segunda mão estão sendo bastante procuradas por seu preço mais em conta. Plataformas que possibilitem a fácil compra e comparação podem combater a fast fashion e sua questionável produção.
Até o mercado de luxo ganhou lojas de usados online. A procura é grande, já que as peças podem estar em excelentes condições, até comparáveis às novas. E a tecnologia facilita cada vez mais as compras online. Já não é preciso ir até uma loja para adquirir o item desejado.
A busca de itens novos ou usados pode ser desde um tênis Nike masculino da moda no momento até uma bolsa Prada ou Chanel. Os estilistas também têm pensado como reutilizar materiais para criar novas peças. Já é comum o uso de roupas e calçados feitos com fibras de garrafas pet, por exemplo.
Inteligência artificial sustentável além da fast fashion
A inteligência artificial caminha junto da sustentabilidade de outras formas. As capacidades de cálculos rápidos dos computadores abrem espaço para novas formas de lidar com o mundo. A revolução tecnológica faz com que seja possível pensar em novas soluções.
Aplicações de inteligência artificial no setor elétrico podem fazer com que haja uma melhor eficiência do sistema. As casas sustentáveis já são uma realidade, e a inteligência artificial ajuda a operá-las. As residências podem se tornar mais eficientes e gastar menos energia. Os assistentes virtuais podem ajudar nessa jornada sustentável.
Casas inteligentes reduzem o uso de energia elétrica, além do desperdício de água, e ajudam a lidar com a produção de resíduos danosos ao meio ambiente. Elas são capazes de auxiliar na diminuição da pegada de carbono e reduzir o impacto na natureza.
A inteligência artificial, de uma maneira geral, economiza tempo e dinheiro. Muitas soluções tecnológicas fazem com que o trabalho seja feito de maneira mais eficaz. A logística é outro ramo que tem usado essa ferramenta a seu favor para se tornar mais sustentável.
As empresas adotam cada vez mais soluções que usam a tecnologia e a inovação. Os complexos algoritmos fazem com que haja ganhos tanto sociais quanto econômicos e contribuem para uma sociedade mais sustentável. É necessário que empreendedores estejam conscientes de seu papel para soluções de baixo impacto no meio ambiente.
A inteligência artificial tem grande potencial de propor alternativas como a de peças usadas. É preciso que haja investimento e programadores que levem boas ideias ao público. As pessoas estão abertas a soluções que fazem a vida delas mais econômica e ao mesmo tempo colaboram com um planeta mais sustentável.
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