Encomenda dos novos “carros voadores” ultrapassa 2 mil pedidos e devem entrar em operação em 2026
A humanidade sempre olhou para o céu com fascínio. A icônica frase “É um pássaro? É um avião? Não, é o Super-Homem”, em breve, poderá ser adaptada para “É um carro voador”. Carros voadores não estão presentes só no cinema, em filmes como Os Jetson, De Volta Para o Futuro, Star Wars ou Blade Runner – O Caçador de Androides. O futuro chegou, e a tecnologia já é uma realidade.
A EVE – subsidiária de mobilidade urbana da Embraer – firmou parceria do tipo joint-venture, associação por tempo limitado e com finalidade específica, com a empresa britânica BAE Systems. O objetivo é a produção de variantes do “carro voador” eVTOLs, sigla em inglês para veículos elétricos de pouso e decolagem verticais. A aplicação inicial será nos setores de segurança e defesa.
O anúncio do negócio visionário foi realizado em 20 de julho, durante a Farnborough International Airshow (FIA), importante evento da indústria da aviação, que acontece na Inglaterra. A estimativa é a encomenda de mais 150 unidades, que se somarão ao pedido de 1.910 que a Embraer já havia realizado do modelo, com previsão de começar a operar só a partir de 2026. A divulgação na feira produziu efeito positivo, com crescimento de 7% nas ações da Embraer.
Desenvolver o ecossistema para os carros voadores
“Carro voador” é a denominação informal do veículo, que mais se assemelha a um helicóptero mais turbinado e confortável, com menos barulho e mais hélices para voar. O negócio sinaliza uma série de oportunidades no horizonte. A ideia é potencializar a mobilidade urbana, com alternativas mais rápidas, de baixo custo operacional e alinhadas às práticas de sustentabilidade.
A aposta em tecnologia avançada envolve a formulação de um revolucionário sistema de transportes. “Quando falamos em desenvolver a Mobilidade Aérea Urbana, não estamos falando apenas em projetar um veículo, mas todo um ecossistema. Tem muito mais a ser feito, e todas essas frentes devem avançar juntas, como indústria”, afirma o CEO da Eve, André Stein, em entrevista à CNN Brasil Business.
Tecnologias emergentes
A colaboração entre a Embraer e BAE Systems reforça a importância do desenvolvimento e investimento em tecnologias emergentes, com utilização comercial, que possam impactar de forma positiva na sociedade e no meio ambiente. A adaptabilidade dos eVTOLs vai possibilitar aplicações além da área de defesa, e poderá atender, por exemplo, situações humanitárias e socorro em desastres, com respostas mais imediatas, em que cada segundo é valioso para salvar vidas.
O diretor de Operações da BAE Systems Air, Ian Muldowney, destaca que as demandas são cada vez mais complexas e exigem esforço contínuo de superação e adequação. “Exploramos como podemos adaptar essas soluções para oferecer aos nossos clientes uma capacidade operacional vital a um custo reduzido, ao mesmo tempo em que reforçamos nossos compromissos ambientais e de sustentabilidade.”
Povoar os ares
A operação deve começar em 2026, e a previsão é que até 2035 mais de 200 “carros voadores” transportem anualmente 4,5 milhões de pessoas só no estado do Rio de Janeiro. “Entregar um projeto de avião no prazo ou dentro do orçamento é algo raro na aviação, mesmo na indústria tradicional. A Embraer, porém, tem conseguido atingir esses marcos. Estamos confiantes com esse prazo”, destacou André Stein.
O mercado mundial de mobilidade urbana vai crescer exponencialmente, e deve demandar 50 mil eVTOLs em 15 anos – é a expectativa do CEO da Eve. Só em São Paulo vão ser necessários pelo menos 400 eVTOLs. Os consumidores estão ávidos pela possibilidade. É o que evidenciou a pesquisa realizada pela EVE: 89% dos entrevistados disseram que usariam um veículo de mobilidade aérea se pudessem.
Para quem está de olho nos carros, mas em terra firme, e pretende comprar um automóvel seminovo ou usado, é importante consultar o veículo, saber seu histórico antes de concluir a negociação. Sites especializados fazem uma pesquisa detalhada, verificam a situação cadastral e se existem restrições ou impedimentos. Nos ares ou nas ruas, o importante é trafegar com segurança em todos os sentidos.
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