As novas tecnologias e o big data chegaram ao setor de água para ficar. De facto, parecia que era um campo destinado a outras indústrias, mas a verdade é que as tecnologias inteligentes da água, quando se implementam, melhoram funcionalmente a gestão e operação das estações de tratamento de água. Estas tecnologias são baseadas em hardwares e softwares específicos que proporcionam maior automatização e controlo, otimizando análises, tomadas de decisão e ações para futuras melhorias.
A Selectra, em colaboração com o TecheNet, reuniu informações sobre a importância dos sistemas inteligentes e gestão da água, e assim, mostrar como é que estas tecnologias inteligentes que ajudam a melhorar os seguintes aspectos do ciclo da água:
- A gestão de ativos
- A eficiência na operação e manutenção
- A identificando problemas e fugas
- A recolha de dados e a sua interpretação posterior
- A Precisão e agilidade na tomada de decisões
- A redução de custos com a conta de água
- A diminuição do consumo de energia
- O atendimento ao Cliente
- A Sustentabilidade e pegada hídrica
Tal é a importância das tecnologias TIC no setor, que a Bluefield Research prevê que o setor municipal de água nos Estados Unidos gaste mais de 20 bilhões de dólares em soluções de software, dados e análises durante a próxima década. Este número pode mudar, superando este investimento.
Historicamente, as empresas de serviços públicos tiveram um obstáculo, e que se relacionou, com a sua capacidade de gerar informações verdadeiras devido a dados díspares sobre a rede e o uso de água, algo que está a mudar com as soluções de gestão de dados e cloud mais avançadas.
As empresas de água sempre foram definidas como empresas antiquadas e pouco abertas à mudança, mas a chegada de novas tecnologias no setor está a fazer com que as empresas públicas passem a adotar soluções atuais.
Segundo informações recolhidas pela Selectra, empresa que se dedica à gestão de contratos de energia, água e telecomunicações e respectiva comparação de tarifas, ao ser aproveitada a tecnologia do big data, a análise e a Internet das Coisas (IoT), os principais participantes do setor de água estão a inovar proativamente para ajudar a resolver problemas de escassez de água e enfrentar a deterioração das infraestruturas hídricas.
A empresa indica ainda que as tecnologias inteligentes ajudam as empresas de água a serem mais analíticas e proativas em ações relacionadas com:
- O uso de imagens para inspecionar as instalações de água que se deterioram, permitindo assim a manutenção preventiva.
- A análise de dados em tempo real para identificar fugas que, de outra forma, passariam despercebidas.
- O uso de software para ajudar empresas públicas e consumidores a terem um acompanhamento real do consumo de água em casa. Isto apresenta dois pontos bastante positivos: primeiro, é possível combater o desperdício de água, consumindo de forma responsável e evitando a escassez de água; e segundo, reduzir os consumos de água, leva à redução das contas deste serviço tantos nos lares como nas empresas.
Um exemplo real do controlo e supervisão de dados é o sistema SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), composto por uma rede de software e hardware que permite às organizações controlar processos industriais de forma local ou à distância, monitorizar, recolher e processar dados em tempo real, interagir diretamente com dispositivos como sensores, válvulas, bombas, motores, etc. através de software onde fica tudo registado. Um sistema SCADA eficaz permite uma poupança significativa de tempo e dinheiro, pois o consumo de água passa a ser muito menor.
Mas estas novas tecnologias de informação não se aplicam exclusivamente no setor municipal, mas também a empresas privadas que projetam, constroem e operam estações de tratamento e infraestrutura de transporte de água. Com base na análise e interpretação de dados, as infraestruturas hídricas que estão a ser construídas e que serão construídas no futuro incluirão novas tecnologias inteligentes, com sensores conectados, que permitirão uma engenharia mais alinhada, e uma operação mais eficiente e um uso da água mais responsável.
Além disso, os projetos urbanos inteligentes e outros desenvolvimentos de infraestrutura em todo o mundo oferecem grandes oportunidades para os fornecedores de smart water management, fornecedores de serviços de implementação, manutenção e suporte, fornecedores de software e empresas de consultoria.
Este aumento de tecnologias digitais, adaptadas ao setor de água, é resultado de consumidores pressionando pelas tarifas de água que têm vindo a aumentar e pela expectativa de um melhor atendimento ao cliente, bem como uma maior consciência sobre o uso da água. Portanto, as empresas estão à procura de novas formas de abordar temas como deterioração das canalizações e gestão de fugas e melhorar a faturação, a gestão de clientes e ainda consumo de energia que de certa forma está relacionado com a gestão da água.
Assim, as chamadas smart cities estão comprometidas em integrar tecnologias de informação e comunicação, como a Internet das Coisas, para gerir os ativos de uma cidade de forma mais eficiente e sustentável. E não apenas as redes de abastecimento e saneamento, mas também sistemas de transporte, hospitais, centrais elétricas e nucleares, gestão de resíduos, entre outros serviços municipais.
As novas cidades inteligentes estão mais preparadas para enfrentar os desafios de gestão e bem-estar, reduzindo custos da água e energia, melhorando a eficiência através de uma rede de sensores conectados e comunicados entre si, que permitem monitorizar e analisar dados em tempo real para ver como a cidade está a evoluir, e proporcionar uma melhor qualidade aos seus habitantes.
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