Com o preço a rondar os dois euros, poupar combustível é agora uma necessidade cada vez mais imperiosa. Há pequenos truques que ajudam mesmo a diminuir o peso da gasolina na sua carteira.
Há não muito tempo, com 100 euros podíamos atestar o automóvel e seguir rumo àquele restaurante para termos uma refeição especial com a nossa cara-metade. Agora, com o mesmo dinheiro continuamos a puder encher o depósito, mas depois só temos direito a umas bifanas.
O preço dos combustíveis está a níveis como nunca os vimos e somos obrigados a fazer cada vez mais contas e procurar os postos de abastecimento mais baratos. Mas há pequenas coisas que podemos fazer quando nos sentamos ao volante para minorar o impacto na carteira.
Que combustível usar?
Muitos de nós, postos perante a possibilidade de poupar uns euros, optamos pelos combustíveis simples, sem aditivos. Eu próprio o fiz durante bastante tempo, mas um dia não tive opção e tive de colocar no depósito combustível aditivado.
Sendo mais caros, o gasóleo e a gasolina aditivados acabam por se revelar uma boa decisão em termos de poupança a médio prazo. Pela minha experiência pessoal, estes combustíveis permitem um aumento de cerca de 100 quilómetros na distância percorrida com um depósito.
Esta é a primeira dica: utilizar sempre combustíveis aditivados.
Agora, é preciso reduzir ainda mais o consumo.
O ar condicionado influencia a média?
Com o calor, todos temos tendência para utilizar o ar condicionado e assim reduzir a temperatura do habitáculo.
Acontece que é o combustível que dá energia para o funcionamento do ar condicionado. Em viagens pequenas ou sem sol de frente, abrir o vidro em vez do botão de arrefecimento pode ser a resposta.
Mas se for de todo impossível, a opção é colocar o sistema numa temperatura amena depois de ter arrefecido o habitáculo
Poupar 33% do combustível
Nas estradas, devemos sempre adequar a velocidade às condições do momento. Estando bom tempo, a maioria dos condutores opta – nomeadamente nas autoestradas – por conduzir à velocidade máxima permitida: os 120 quilómetros por hora.
Mas essa é capaz de não ser a melhor opção no que toca a poupar combustível. De acordo com o diretor da Unidade de Prevenção e Segurança Rodoviária da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Carlos Lopes, em declarações à CNN Portugal, reduzir a velocidade tem um grande impacto na carteira.
De acordo com este responsável, circular a 90 quilómetros/hora nas autoestradas ao invés de se colocar o automóvel na velocidade máxima permitida, proporciona uma grande poupança de combustível:
“se em autoestrada circularmos a 90km/hora e não a 120km/hora, podemos poupar em combustível 33%, limitamos os gastos e fazemos uma viagem mais saudável”, afirma ao canal televisivo.
Chegar pouco mais tarde para poupar combustível
Pessoalmente, faço muita estrada, tendo uma média de mais de mil quilómetros por mês. Por isso há uns meses decidi não ultrapassar os 100 quilómetros por hora em autoestrada.
Como resultado, estou a fazer uma média de 3,9 litros aos 100. E atenção, conduzo uma carrinha a gasóleo com 1.7 de cilindrada e – fundamentalmente – já com 15 anos.
E a questão do muito tempo que se demora nas viagens acaba por não se colocar. Se analisarmos friamente, pôr o pé no acelerador para nos mantermos na velocidade máxima não nos faz chegar muito mais cedo ao destino.
A diferença entre os 100 e os 120 quilómetros hora resulta num máximo de 10 minutos em 100 quilómetros. Como normalmente fazemos percursos mais pequenos, podemos estar a falar de um aumento do tempo de viagem que se conta pelos dedos de uma só mão. E a diferença no combustível é imensa. Num automóvel que consuma seis litros, estamos a falar de 2 litros, ou seja, quatro euros por viagem. Dá que pensar.
Adote uma condução suave
A adoção de uma condução suave é outro truque que permite a poupança de combustível.
Muitos condutores têm uma postura na estrada que leva a muitas travagens e acelerações, mas essa não é a forma correta de conduzir se o objetivo for a poupar combustível.
A questão está na antecipação. Se sabemos que o trânsito à frente está mais lento, de nada nos adiante mantermos a velocidade para depois travarmos e voltarmos a acelerar. Diminuindo gradualmente a velocidade ou acelerando também gradualmente permite um menor consumo do combustível.
Evitar o ponto morto
Quando o carro está embalado numa descida, são muitos os que ainda colocam o veículo em ponto morto, sem qualquer mudança engatada. Fazem-no para poupar combustível. Mas esta é uma ideia falsa.De acordo com o Automóvel Club de Portugal, “ao contrário do que possa ter ouvido durante anos, hoje em dia deixar o automóvel ‘andar à vela’, ou seja, sem engatar uma mudança enquanto rola não faz qualquer poupança de combustível e coloca em perigo a segurança do automóvel”.
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