O sonho de muitos jovens atualmente, seja homem ou mulher, é se transformar em um jogador profissional de eSports. Entretanto, isso não é nada fácil, pois o mercado cresceu e não faltam bons jogadores na disputa. No caso das mulheres, como conta Amanda “AMD” Abreu, ex-jogadora de CS:GO, a dificuldade é ainda maior devido ao machismo e ao preconceito. Relembrando alguns momentos da carreira, ela explicou como o caminho até o time profissional pode ser complicado, e que nem sempre termina de forma positiva.
A antiga jogadora da Havan Liberty falou sobre a carreira em entrevista ao site de esports bets da Betway. Amanda Abreu, 26 anos, contou alguns dos desafios que enfrentou nos momentos iniciais e como teve problemas até mesmo na família. Ainda em 2011, quando teve a oportunidade de assinar por uma equipe de CS:GO, era difícil explicar para a mãe que aquele caminho era promissor. O tempo passou, e hoje ela pode olhar para trás com orgulho da escolha feita.
Entretanto, isso não significa que o caminho foi fácil, pois até ela se transformar em uma referência no cenário foram enfrentadas muitas dificuldades. Durante a conversa, Amanda relembrou como os esforços das mulheres no cenário do eSports precisam ser maiores. A estrutura voltada para os torneios e equipes dos homens é consolidada, enquanto as mulheres ainda precisam lutar por igualdade. Isso é algo curioso, pelo menos no Brasil, onde mais de 50% dos fãs de games são mulheres.
Ela cita, por exemplo, a importância da amizade com Olga Rodrigues, jogadora de CS:GO da FURIA. O apoio da atleta profissional foi essencial para poder continuar sonhando, mesmo com os diversos obstáculos. Amanda explica que a admiração por Olga só cresceu nesses últimos anos, e que isso fez ela entender melhor quais são as dificuldades que as mulheres enfrentam. O resultado é uma participação mais ativa em projetos que lutam pelos direitos delas nas competições oficiais de eSports.
Sonho realizado nos games
Após todos os problemas enfrentados, e também as dificuldades, o resultado foi positivo para Amanda “AMD” Abreu. Na conversa para o blog da Betway Insider, ela contou que teve muitas oportunidades para jogar ao lado de jogadoras consagradas no CS:GO. Além disso, ela manteve amizade com várias delas, e isso se traduziu em uma forte união no mundo do eSports. Algo considerado importante, principalmente para a criação de projetos que pudessem aumentar a força feminina no CS:GO e também em outros jogos.
Inclusive, no final da entrevista, Amanda afirmou que um grande projeto voltado para as mulheres deve sair do papel em 2022. Ela garante que será uma ideia importante, e promete mudar a vida de muitas pessoas. Afinal, esses projetos envolvendo ex-jogadoras é que causam muito impacto para as mais jovens. A carreira profissional no eSports ainda é algo complicado, principalmente no feminino.
No caso da Amanda, a carreira durou apenas 10 anos por conta de uma tendinite. Porém, isso não tirou ela desse universo, pois logo virou comentarista de diversas competições, e não apenas de CS:GO. Recentemente, por exemplo, ela participou da transmissão de um torneio de Valorant, um dos títulos da Riot Games com maior potencial de crescimento no cenário competitivo. O projeto de Amanda pode ser exatamente envolvendo esse game.
Mais mulheres
O principal objetivo de algumas jogadoras, como é o caso da Amanda, é que mais mulheres consigam se destacar no cenário profissional. Algo que pode parecer complicado, porém que tem dado certo. Nunca surgiram tantos nomes no eSports feminino, e a tendência é de mais crescimento pelos próximos anos. Afinal, esse é um mercado com grande potencial bilionário, e aproveitar isso é positivo para todos os envolvidos, seja homem ou mulher.
Durante a conversa com a Betway, a ex-jogadora mostrou de forma clara como funciona a carreira de uma atleta, e quais são as maiores dificuldades. Essas informações são importantes para os fãs entenderem como funciona o cenário, e como é possível criar projetos para mudar isso no futuro. O Brasil tem grande potencial, e as pesquisas mostram que as mulheres são fãs de games. Falta é oportunidade e investimento para muitas delas se transformarem em profissionais.
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