Diversos meios de comunicação tiveram acesso a um email enviado pelo CEO da SpaceX, Elon Musk, aos seus funcionários no passado dia 26 de novembro. A carta solicitava que os trabalhadores laborassem durante o fim-de-semana em que se comemora o Dia de Ação de Graças com o objetivo de resolverem os problemas do motor Raptor.
De acordo com Musk, os problemas e custos associados ao Raptor estão a provocar enormes dificuldades financeiras à empresa, existindo mesmo potencial sério para um processo de insolvência. Há algum tempo que os problemas são conhecidos mas só agora se tomou conhecimento da total extensão e gravidade dos mesmos.
“Precisamos de toda a gente a trabalhar para recuperar daquilo que é, francamente, um desastre,” escreveu o executivo no email provocando mau estar e ansiedade nos empregados da SpaceX que contavam ter um fim-de-semana descansado.
SpaceX pode ter de redesenhar o Raptor e os custos podem ser incomportáveis
Musk referiu-se na sua mensagem à saída do antigo vice-presidente para a propulsão, Will Heltsley, que deixou a SpaceX no mês passado depois de mais de uma década na companhia. Pelo que se julga saber, Heltsley foi removido da equipa responsável pelo desenvolvimento do motor depois de se atrasar no projeto.
O seu lugar foi então ocupado por Jacob McKenzie, mas a saída de Heltsley pode obrigar ao redesenho completo do Raptor – algo que acarretará custos astronómicos e que a empresa dificialmente poderá suportar.
O motor Raptor será vital para o sucesso da Starship, um foguetão reutilizável capaz de acarretar mais carga e percorrer distâncias superiores. A ideia de Elon Musk é transportar seres humanos para a Lua e para Marte, mas para isso cada foguetão precisa de 6 motores Raptor – sendo que o Super Heavy precisa de 33! O objetivo seria colocar a Starship a fazer o primeiro vôo orbital em janeiro de 2022, mas parece que isso não vai mesmo acontecer.
“Caso a SpaceX não consiga fabricar motores Raptor suficientes, as consequências serão desastrosas,” disse Musk na carta aos trabalhadores. “Enfrentamos um risco genuíno de falência se não conseguirmos colocar a Starship a voar pelo menos uma vez a cada duas semanas no próximo ano.”
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