A tecnologia é, sem dúvidas, parte essencial do nosso dia a dia. Graças aos avanços da ciência e da tecnologia ao longo das últimas décadas, muitas inovações foram criadas: desde os computadores pessoais que conhecemos hoje, até os alimentos, alvos de diversos estudos e inovações, como a gastronomia molecular, por exemplo. Sem tudo isso, o mundo seria completamente outro – muito provavelmente, um outro mais difícil –, pois se trata de um dos princípios da tecnologia: automatizar processos e tornar a vida mais simples. E não é de surpreender também que a tecnologia e a ciência tenham chegado tão fortemente para outra parte essencial da vida humana: a comida!
A gastronomia tem fortes influências das ciências naturais, como a química e a física. Isso já é amplamente estudado e comentado, inclusive em programas de culinária, uma vez que é necessário dosar exatamente os ingredientes para tornar o prato perfeito para o consumo. Mas, agora, outro campo desperta a atenção dos cientistas que trabalham com tecnologia: a chamada “gastronomia molecular”.
Uma das novidades que envolvem ciência, tecnologia e culinária, a gastronomia molecular tem o propósito de modificar alimentos, sem deixar de lado acessórios de confeitaria e produtos moleculares. Ela é basicamente o resultado de modificações feitas nos alimentos para apresentá-los de formas diferentes, além de também influenciar no sabor e até na criatividade dos pratos.
Por que uma gastronomia molecular?
Para entendermos a importância da gastronomia molecular, é muito importante olharmos para o passado. A culinária é uma das invenções humanas mais antigas, uma vez que a combinação de alimentos e processos de cozimento e preparação são coisas feitas de tempos antes de Cristo. A comida, por sua vez, já foi muitas vezes motivo para guerras e batalhas entre diferentes povos – eis uma das importâncias históricas e sociais da comida.
A culinária também tem seu viés de ciência; afinal, é por meio do estudo de combinações e preparações diferentes que sabemos o que dá ou não certo. Assim, explora-se o sabor dos alimentos, o que gerou a gastronomia e as ciências dos alimentos no geral, como a área de nutrição. A gastronomia, para além da culinária, é a busca por uma experiência com a comida. Por já ter se consolidado muito bem, tanto no gosto popular, quanto no mercado, as novas invenções e combinações culinárias para a gastronomia acabaram se esgotando com o tempo. E é nesse contexto que surge a gastronomia molecular.
O papel da gastronomia molecular
Com estudos científicos aliados à tecnologia, a gastronomia molecular ganha vida para gerar novas experiências. E você, com certeza, já viu ou já comeu algum alimento feito com base na gastronomia molecular: sabe aqueles sorvetes em pó de fácil preparo? Aquilo é gastronomia molecular, automatizando o processo de produção de um sorvete. Isso também vale para purês em pó, gelatinas feitas com composto de algas, espumas e bolhas saborizadas, além de outros alimentos similares. Tudo isso faz parte da aplicação da química e da física, além das ciências biológicas, para a produção de um alimento.
Esse conceito também pode ser ampliado para produzir comidas que sejam mais nutritivas, principalmente para pessoas que não têm acesso à comida facilmente ou que precisam de determinados nutrientes a mais, como creatina e vitaminas. Na biologia molecular, torna-se possível o processo de criação de um alimento voltado para dietas específicas, o que ajuda muito quem tem problemas de saúde. Aliando isso a um atendimento médico e nutricional, as chances de a alimentação pensada com uso da gastronomia molecular podem dar muito certo.
E o que esperar do futuro? A gastronomia molecular tem grandes chances de ser ainda mais desenvolvida, principalmente quando consideramos os avanços da tecnologia. Carnes vegetais, por exemplo, já são uma realidade, o que ajuda a reduzir o consumo de carne e, consequentemente, de água também. Resta esperarmos as próximas grandes invenções da tecnologia.
Outros artigos interessantes: