A Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (APRITEL) afirma que o preço das comunicações em Portugal desceu mais do que nos países com restrições à fidelização de serviços.
A associação afirma que na liderança da descida de preços nos pacotes de comunicações, usados por 89,4% das famílias portuguesas.
Os dados mais recentes do EUROSTAT, referentes a Agosto de 2021 e citados pela APRITEL, “demonstram mais uma vez a forte dinâmica competitiva do mercado português de comunicações eletrónicas”, com o índice de preços IHPC a descer 0,3%, enquanto na União Europeia a descida se ficou pelos 0,1%.
A APRITEL indica que, no final de 2020, os serviços em pacote já eram subscritos por 89 em cada 100 famílias (de acordo com dados da ANACOM). Neste tipo de produtos, os preços baixaram nos últimos 12 meses 0,8%.
Para a associação do setor, “os dados do Eurostat contrariam a tese da ANACOM de que mais restrições à fidelização potenciam descidas de preços: França e Dinamarca, os exemplos dados pelo regulador, ou viram os seus preços aumentar significativamente no período (+4,5% na França) ou tiveram os preços estagnados (0% na Dinamarca).
Para a APRITEL, “os comparativos de evolução de preços suportados no IHCP do EUROSTAT não podem ser utilizados para comparar níveis de preços entre países, apenas a evolução dos mesmos, e com as devidas precauções. Os enviesamentos da análise são tanto maiores quanto maior for a série temporal, na medida em que o IHCP altera os pesos de cada componente, de ano para ano, o que impõe limitações às conclusões que podem ser retiradas de séries históricas longas do mesmo índice. Esse tipo de análise apenas releva para avaliações macroeconómicas, como as da inflação, para as quais o IHCP foi criado”.
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