Certamente já ouviu falar em Bitcoins, a criptomoeda que é uma das grandes tendências do ano. Em plena era digital, uma das conquistas da transição do analógico para o virtual foi a desmaterialização dos suportes físicos. Isso começou por acontecer com a música e com o cinema, através das plataformas e dos serviços de streaming, e, posteriormente, aconteceu também com as moedas, através do advento das criptomoedas.
Muito se tem escrito sobre a Bitcoin. São vários os que defendem ser o futuro das transacções financeiras e há quem defenda completamente o oposto, que é um meio pouco seguro; há quem invista com olhos na rentabilidade a curto e médio prazo e há quem se mantenha afastado como o diabo da cruz por o considerar um activo arriscado. No fundo, são mais as mentiras e as inverdades que são partilhadas do que propriamente os factos reais sobre este criptomoeda.
O que é certo é que cada vez mais investidores estão a utilizar, a investir e a viver da Bitcoin, abraçando aquilo que já se convencionou chamar do Bitcoin Lifestyle. E, de forma exponencial, há cada vez mais pessoas interessadas. Se é um desses investidores e que está a dar os primeiros passos neste universo, então este artigo é para si, pois preparámos tudo o que necessita saber sobre Bitcoins.
O QUE É O BITCOIN?
Antes de continuar, há que começar pelo básico: afinal de contas, o que é exactamente o Bitcoin e as criptomoedas? De forma muito resumida, podemos definir as criptomoedas como uma moeda exclusivamente virtual, que é descentralizada e que, por isso, garante a total privacidade e anonimato de quem a utiliza. Ou seja, enquanto que no dinheiro físico existe sempre uma entidade central que fiscaliza todas as transacções – e que, normalmente, é o Banco Central -, no caso das criptomoedas o processo é apenas feito entre quem executa a transacção e quem a recebe.
Isto é possível graças a um sistema de servidores em rede extremamente vasto, que garante a total segurança do processo. Chama-se blockchain e, apesar de ter sido criado em 2009, juntamente com a Bitcoin, já é utilizado para certificar outros tipos de criptomoedas e não só. Tudo isto faz com que o Bitcoin esteja livre da inflação dos mercados, se bem que o facto de não ser regulamentado faz com que seja um mercado extremamente volátil.
A Bitcoin atingiu máximos históricos no início de 2021, depois do investimento brutal do CEO da Tesla Motors, o empreendedor Elon Musk. Isto fez disparar a cotação das Bitcoins, que continuam a ter um crescimento exponencial vertiginoso. E, apesar da maioria dos governos manter a opinião de que são um investimento de risco, o que é certo é que cada vez mais empresas começam a aceitar pagamentos nesta moeda, fazendo com que a sua legitimação junto do grande público seja apenas uma questão de tempo.
É O BITCOIN SEGURO?
Apesar do que defende a maioria das grandes entidades financeiras, como o Banco Central Europeu, podemos afirmar sem reservas que o Bitcoin é 100 por cento seguro. E damos três razões para justificar esta nossa afirmação. Começando logo pelo facto desta criptomoeda ser criptografada através do sistema blockchain, uma rede vasta de servidores que garante que todas as informações pessoais não são acessadas por terceiros, garantindo a total privacidade dos seus utilizadores.
O segundo motivo que nos leva a afirmar que o Bitcoin é totalmente seguro tem a ver com o facto de ser igualmente 100 por cento público e transparente. Ou seja, qualquer pessoa pode confirmar as transacções efectuadas, mantendo o anonimato dos intervenientes, de forma a garantir que estas são reais e não fraudulentas. Além disso, as transacções efectuadas com Bitcoins também são irreversíveis, garantindo que ninguém o tentará roubar através do uso desta moeda virtual.
Finalmente, mas não menos importante, o Bitcoin é um sistema descentralizado. Como explicámos nas linhas acima, o sistema blockchain é composto por mais de 10 mil nós, espalhados pelo mundo, que rastreiam todas as transacções efectuadas com esta criptomoeda. Isto significa que, para tentar hackear um servidor, é preciso hackear todos eles. Ou, pelo menos, 51 por cento dos nós. O que é uma tarefa humanamente impossível.
Assim, por tudo isto e não só, é bem provável que o Bitcoin venha a ser mesmo o futuro das transacções financeiras, especialmente a nível digital. Numa era em que a rede tem permitido a desmaterialização dos suportes físicos, as criptomoedas ganham um lugar de destaque, com uma série de vantagem para todos os utilizadores.