Facilidades como agilidade e segurança das moedas digitais são apontadas como as principais vantagens na adoção desta forma de pagamento.
O comércio eletrônico vive seus melhores dias, seja pela pandemia da Covid-19, que isolou as pessoas em casa e gerou ainda mais a necessidade das compras online, seja pela mudança de hábitos dos consumidores, que já vinham aderindo naturalmente à digitalização do varejo.
De acordo com o índice SpedingPulse, o e-commerce brasileiro teve um crescimento de 75% em 2020, representando 11% das vendas do varejo em 2020. Com quase tudo precisando ser comprado pela internet, as vendas online foram a porta de saída para vários tipos de negócios de todos os portes.
Em Portugal, a ACEPI (Associação da Economia Digital) mostrou que, em 2018, cerca de 49% dos portugueses efetuaram alguma compra, e em 2020, as previsões são de aproximadamente 57% da população. Houve um aumento de 73% na intensidade de compra por conta do crescimento de sites de e-commerce em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Mesmo não havendo uniformidade nesta transformação digital pelo mundo, por conta das diferenças geográficas e econômicas, o relatório “Recovery Insights: Commerce E-volution”, feito pela Mastercard, aponta que o comércio eletrônico internacional cresceu entre 25% e 30% durante a pandemia, na comparação de março de 2020 com fevereiro de 2021.
Transações mais rápidas e baratas
Esta avalanche de acessos ao comércio virtual está trazendo junto um movimento importante: a dinamização das formas de pagamento. Ao lado de cartões de crédito, débito e boletos bancários, as moedas digitais como a Bitcoin vêm ganhando presença como uma das maneiras mais seguras e rápidas de se realizar uma compra e estão agitando o varejo em todo o planeta, mostrando em um primeiro momento que vieram para ficar.
Algumas das maiores multinacionais já deixaram claro seu interesse em vender produtos usando moedas digitais, como, por exemplo, a Tesla, que, embora tenha voltado atrás na decisão de vender veículos por meio de Bitcoins, não nega a admiração pelas facilidades que as criptomoedas trazem.
Uma das razões disso é o baixo custo de transação deste tipo de ativo, que, em comparação com o custo gerado por taxas de cartão de crédito, se torna uma opção de mercado mais barata, sem falar que, no caso do Bitcoin, o usuário/ utilizador precisa apenas de uma carteira digital, que é gratuita.
A Mastercard divulgou recentemente seus planos para permitir que os comerciantes aceitem algumas formas de criptomoedas, por meio de sua rede, ainda neste ano, o que converterá o dinheiro tradicional em moeda digital antes de entrar nos sistemas das empresas.
Abre-se assim um universo de oportunidades para quem vende internacionalmente. Taxas locais são eliminadas, bem como problemas com conversão de moedas e adaptações de preços, criando-se um enorme simplificador para empresas que queiram expandir seus negócios pelo mundo.
Segurança melhorada
A segurança da transação via moedas digitais é outra grande vantagem das novas formas de pagamento. Devido à blockchain, é difícil falsificar criptomoedas, oferecendo aos varejistas mais controle e proteção contra fraudes. Além disso, a tecnologia de criptografia usada por criptomoedas também traz um maior nível de segurança para os dados dos compradores, evitando a probabilidade de ataques cibernéticos.
Todos estes benefícios têm gerado um aumento na atenção do consumidor mundial, e pode não demorar muito para começarmos a ver o uso comercial de criptomoeda como meio de pagamento padrão no ambiente digital.
Ainda há muito a ser explorado, e é preciso observar o nível de demanda gerado, mas o futuro aponta para um cenário bastante convidativo para a ampliação da adoção e padronização das moedas virtuais como meio de pagamento.
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