A fabricante chinesa Onda lançou recentemente uma motherboard Intel cujo nome do modelo já é indicativo dos seus propósitos. A Chia-D32H-D4 oferece 32 portas SATA para poderes ligar um vasto número de discos rígidos e minar a criptomoeda do momento, a Chia Coin que foi criada pelo fundador do BitTorrent.
Claramente esta placa-mãe foi pensada para colmatar os desejos dos que já aderiram à febre das criptomoedas e estão interessados em armazenar Chia. Enquanto a Bitcoin recorre às placas gráficas e ao modelo de prova de trabalho para garantir rendimentos, a Chia Coin recorre a um modelo de prova de espaço e tempo.
Segundo os seus criadores, a ideia é colocar no mercado uma cripto mais “amiga do ambiente,” usando o espaço disponível nos dispositivos de armazenamento uma vez que estes exigem menos recursos energéticos e são mais baratos.
Chia Coin recorre ao espaço disponível em dispositivos de armazenamento
Para conseguir lidar com a quantidade astronómica de discos rígidos que se espera que os utilizadores liguem a esta motherboard, a Onda produziu também uma caixa especial que inclui uma fonte de alimentação específica para este modelo. A Fonte oferece 800 W de energia e tem certificação 80Plus Gold.
A Chia-D32H-D4 está equipada com o chipset B365 com um controlador SATA adicional da Marvell para suprimir as limitações de ligações de dispositivos de armazenamento. A motherboard é capaz de acomodar até 576 GB de armazenamento (18 GB por disco), que será o suficiente para uma mineração mais ou menos intensiva.
A placa é baseada no socket LGA1151, mas é extremamente flexível em termos de compatibilidade de processadores. Para já está comprovado que funciona com CPUs Intel Skylake, Kaby Lake, Coffee Lake e Coffee Lake Refresh.
A mineração de Chia depende muito dos dispositivos de armazenamento, mas a memória RAM é também um fator importante. Esta motherboard permite até 128 GB de memória RAM, dividos pelos 4 DIMM DDR4.
Infelizmente, a Chia-D32H-D4 já nem consta do website da marca e parece ter esgotado em meros segundos após o seu anúncio.
SSDs para consumidores não são os melhores para minar Chia Coin
O processo de mineração da Chia Coin exige grandes quantidades de espaço livre em disco e componentes de alta resistência, por isso a melhor opção serão mesmo os discos rígidos tradicionais e os SSD usados em centros de dados.
Especialmente no caso dos discos em estado sólido para consumidores, o número limitado de escritas e leituras faz com que o seu tempo de vida seja mais reduzido, facto que estará a motivar trocas constantes.
Caso a Chia Coin ganhe maior popularidade, é muito provável que se venha a assistir a uma escassez na disponibilidade de dispositivos de armazenamento. Mesmo que os SSD para consumidores não sejam a melhor opção, em breve podem ser a única alternativa e voar das prateleiras, à semelhança do que tem acontecido com as placas gráficas.
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via: ExtremeTech
Chia Coin é a febre do momento! Nova criptomoeda do fundador do BitTorrent pode provocar escassez de discos rígidos e SSD
A mineração de criptomoedas pode já ter-te impedido de conseguir comprar uma das novíssimas placas gráficas Nvidia RTX 30 ou AMD Radeon RX 6000, mas em breve poderá vir a ser muito complicado conseguires substituir o disco rígido ou SSD do teu computador.
Uma nova criptomoeda, que dá pelo nome de Chia Coin e foi criada pelo fundador do BitTorrent, é minada através do espaço em disco e na China existem já quintas de mineração que fizeram disparar os números de vendas dos dispositivos de armazenamento, ao ponto de se verificarem rupturas de stock.
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