Bateu curiosidade sobre a rede social baseada em áudio adorada em Silicon Valley? Descubra tudo sobre Clubhouse a mais recente febre mundial. CONFIRA!
Fundado em 2020, o Clubhouse construiu rapidamente uma reputação como sendo a próxima grande plataforma para as pessoas se encontrarem, conversarem e partilharem ideias.
De uma forma bem resumida, a aplicação móvel permite que o utilizador crie e entre em “salas”, nas quais poderá conversar com outras pessoas, numa espécie de “grande chamada em conferência”.
Não há fotos, vídeos, texto — o áudio é o único formato de media disponível nesta rede social. Além disso, qualquer utilizador pode criar salas, dentro dos três tipos disponíveis na app, sendo elas:
- Open (salas públicas nas quais qualquer utilizador poderá entrar);
- Social (salas mais ou menos exclusivas, nas quais apenas outros utilizadores que eu sigo poderão aceder);
- Closed (salas fechadas com acesso exclusivo apenas pelas pessoas que o criador da sala selecionar para ter acesso).
O lado bom do Clubhouse é que, após entrarmos numa sala (seja ela pública ou privada), podemos sair a qualquer momento, sem dar nas vistas, bastando apenas apertar o botão “Leave quitely” (ver imagem abaixo).
Se chegou até que aqui mas ainda ficou com dúvidas e que saber mais sobre a nova febre mundial, neste artigo encontrará tudo sobre Clubhouse, a plataforma que está rapidamente tomando conta do universo digital.
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Quer saber mais sobre a nova rede social? A seguir, confira tudo sobre Clubhouse!
1. Como ter acesso à aplicação Clubhouse
A primeira coisa a saber sobre o Clubhouse é: “como faço para ter acesso à nova rede social?”. Infelizmente, a resposta a essa pergunta é “ainda não pode fazer parte do clube!”.
A nova app é apenas para convidados, o que significa que qualquer pessoa que se queira associar deve ser trazida por alguém que já tenha uma conta na rede social. Porém, é possível fazer download da app e incluir o seu nome na lista de espera. Apesar de não haver há garantias de que conseguirá uma conta dessa forma, não custa nada tentar esse atalho, não é mesmo?!
Vale lembrar que, por enquanto, a app está disponível apenas para dispositivos iOS, questão “técnica” que tem levantado intensos debates (inclusive nas salas dentro da própria app) pelo facto da app ser pouco inclusiva, já que limita o acesso apenas a utilizadores de iPhone — isso sem falar da questão de deixar de fora utilizadores com deficiências auditivas!
Segundo Paul Davidson, CEO do Clubhouse, “a app acabará por ser aberta para todos, incluindo utilizadores de dispositivos Android”. Mas a verdade é que a rede social está ainda a dar os primeiros passos nessa selva digital eles estão começando devagar: qualquer pessoa que conseguir receber um convite, recebe apenas dois novos convites para oferecer a outras pessoas.
2. Como funciona a aplicação Clubhouse
A rede social Clubhouse cria um espaço onde as pessoas se podem encontrar para organizar salas para debater temas relevantes, participar de forma ativa nas conversas dentro da comunidade ou, simplesmente, acompanhar as conversas como mero ouvinte.
Ao abrir a app, o utilizador vê uma lista de salas (em direto ou agendadas), bem como uma lista de quem está presente em cada sala. A partir disso, o utilizador pode: entrar em qualquer sala apenas ao toca na sua descrição, ou iniciar a sua própria sala.
Até agora, a maioria das salas disponíveis no Clubhouse faz-nos lembrar o estilo TED Talks, com um ou mais convidados a falar sobre uma temática enquanto a plateia ouve atentamente o debate — utilizadores da “plateia” podem entrar na conversa caso o moderador considere apropriado; mas dependendo do chat, isso pode ser raro.
Sempre há dezenas de conversas acontecendo ao mesmo tempo, o que permite aos utilizadores alternar entre assuntos e palestrantes com base nos seus próprios interesses.
Quase sempre, as salas disponíveis na rede social são comandadas por especialistas em determinados nichos, celebridades, influenciadores digitais, jornalistas e muito mais.
Os magnatas da tecnologia Elon Musk e Mark Zuckerberg têm falado muito sobre a nova plataforma nos últimos tempos, o que acabou por intensificar o burburinho sobre o assunto. Segundo reportagem de Margaux MacColl para o Insider, a aparição de Elon Musk gerou uma espécie de “mercado negro” para os convites do Clubhouse, à medida que o público ficava “desesperado” para ingressar na comunidade.
Ou fator importante e que corrobora o sucesso a escalada astronómica do Clubhouse é o investimento de capital externo: a aplicação recebeu aproximadamente US$ 12 milhões em financiamento da firma de capital norte-americana Andreessen Horowitz.
3. O que vem a seguir para o Clubhouse
Como já se sabe, o Clubhouse construiu a sua reputação graças a conversas conduzidas por grandes nomes como Oprah Winfrey, Mark Zuckerberg e Elon Musk. Só para se ter uma ideia, a plataforma já é considerada uma “ligação direta” entre Silicon Valley e personalidades do entretenimento — a app está avaliada em mais de US$ 1 bilhão, apesar de ter sido fundada há menos de um ano.
Já se sabe que a plataforma tem planos de se expandir ainda mais e, eventualmente, ocupar um lugar de destaque entre gigantes no universo das redes sociais, como Facebook e Twitter, por exemplo. Mas para isso, ainda terá de enfrentar algumas controvérsias em torno da plataforma.
Jornalistas que já fazem parte da rede social — especialmente mulheres — têm reportado serem alvos de intimidação e assédio de outras pessoas na plataforma. Outros testemunharam salas a passar dos limites sobre temas como anti-semitismo, racismo e, até mesmo, negação da COVID-19.
Para solucionar esse problema, o Clubhouse já contratou moderadores e Paul Davidson, co-fundados da app, avisa: “qualquer rede social precisa tornar a moderação uma prioridade“. No entanto, Davidson também enfatiza que deseja que a plataforma foque na liberdade de expressão e no diálogo, sempre tendo a experiência do utilizador como prioridade máxima.
4. Que problemas o Clubhouse está a enfrentar?
O Clubhouse está em um estágio complicado perante sua ainda jovem existência. De facto está a receber atenção dos media e dos utilizadores. Contudo, também tem recebido um maior escrutínio visto que uma grande afluência de utilizadores acaba por dizer “sim” a políticas de moderação pouco claras.
Os líderes da empresa já foram duramente criticados por não investirem recursos suficientes no policiamento de assédio ou discurso de ódio dentro da rede social. Apesar da app agora permitir reportar pessoas específicas quanto a incidentes dentro da plataforma, não especifica quantas pessoas nem quais sistemas automatizados estão sendo dedicados à moderação.
Os utilizadores, em particular mulheres e pessoas afro-descendentes, levantaram preocupações sobre racismo, misoginia, anti-semitismo, cyberbullying, disseminação de informações falsas sobre Covid-19, entre outros temas na plataforma. Entretanto, os responsáveis pela app afirmam que qualquer discurso de ódio e bullying vai contra as Diretrizes da Comunidade do Clubhouse.
Será que já sabemos tudo sobre Clubhouse?
Embora o Clubhouse já tenha construído uma sólida reputação, a plataforma segue de olhos postos no futuro: há planos para permitir que os utilizadores ganhem monetizando os seus canais através da venda de assinaturas, realização de eventos, palestras, entre outras possibilidades. E à medida que mais pessoas têm acesso à app, o buzz em torno da rede social só tende aumentar.
A verdade é que a nova rede social do momento oferece uma experiência social muito semelhante a um evento virtual apenas de áudio mas em grande escala. Existem atualmente cerca de 1 milhão de utilizadores na plataforma, com milhares de salas com pessoas de todo o mundo a conversar sobre os mais variados temas, setores, profissões e interesses.
Oportunidades para partilhar a história de uma marca ou de uma empresa, conectar-se com os clientes, obter feedback sobre produtos e serviços, executar pesquisas tipo focus group e gerar consciência de marketing são apenas algumas das imensas possibilidades para o Clubhouse. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos!
Achou este artigo útil? Agora que já sabe tudo sobre Clubhouse, partilhe esse conteúdo com alguém que precisa muito aprender mais sobre a nova rede social baseada em áudio!
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FAQs – Tudo sobre Clubhouse
O que é o Clubhouse?
A aplicação móvel Clubhouse é uma plataforma onde os utilizadores podem entrar em diferentes salas para ouvir ou participar de uma conversa. A pessoa que criar a sala é aquela que poderá conceder aos demais participantes o privilégios de falar na respetiva sala.
Que celebridades estão no Clubhouse?
Algumas das celebridades reconhecidas como participantes ativos na rede social — e cruciais para a popularização do Clubhouse — incluem Drake, Tiffany Haddish, Jared Leto, Ashton Kutcher, Chris Rock, entre outras.
Quem criou a app Clubhouse?
Desenvolvida pelo empresário tecnológico Paul Davison e pelo ex-funcionário do Google Rohan Seth, em maio de 2020, a aplicação recebeu aproximadamente US$ 12 milhões em financiamento da firma de capital norte-americana Andreessen Horowitz.
*Nota importante: o artigo “Tudo Sobre Clubhouse” é um conteúdo “vivo” que pretende ser atualizado sempre que se justificar necessário.
**Fonte: Business Insider / Man of Many / Clubhouse / The Guardian
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Apesar de atualmente a plataforma fazer parte do portfólio Google, o produto não foi criado pela gigante tecnológica, mas sim por três ex-funcionários do PayPal: Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim.
Apenas após cair no gosto popular se tornar um sucesso é que o site foi comprado pelo Google, em 9 de outubro de 2006, pela quantia de US$ 1,65 bilhão em ações.
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