Estudo “o Governo de dados nas empresas do setor de Consumo”, levado a cabo pela Minsait revela que o sector do consumo, ao contrário de outros como a banca ou as telecomunicações, “necessita ainda de estabelecer desafios de negócios, de forma a poder crescer no mundo dos dados”.
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Segundo o relatório o setor é caracterizado por uma elevada concorrência, mas, também, por uma “falta de estratégia que defina a promoção das iniciativas de transformação de dados, assim como a falta de ferramentas em tempo real para a simulação de decisões comerciais”. O que faz dificulta a consolidação de dados nas empresas correspondentes.
A análise de dados do sector permitiu que a Minsait condensasse os desafios futuros em cinco áreas.
1. Intermediários
A primeira passa por conhecer o cliente e a sua intermediação. Parece simples, mas não é. Principalmente porque uma das principais características do consumo é precisamente a proliferação de intermediários, o que leva a que “as empresas de consumo acabam por conhecer melhor o distribuidor do que propriamente o consumidor”.
A solução (para conhecer o consumidor) passa por adoptar estratégias Sell-In e Sell-Out, tendo por base informações em tempo real, que serão usadas para incrementar os melhorar processos de reabastecimento e, com isso, reduzir os espaços nas prateleiras dos lineares. Medida que, como impacto directo, significa uma maior rentabilidade.
2. Inteligência competitiva
Tão ou mais importante do que conhecer o próprio negócio é ter dados da concorrência. O que só se consegue através de acções de inteligência competitiva, onde os dados são usados para comparar volume de vendas e preços médios em relação à concorrência.
Uma análise que aufere maior flexibilidade às empresas para reagir às mudanças do mercado e às iniciativas da concorrência. No entanto, para isso, é necessário mais investimento, nomeadamente em soluções de análise de dados próprios, da concorrência e de venda confiável.
3. Equilíbrio entre quota de mercado, resultados e portfólio
Tal como diz o ditado, no meio está a virtude. No caso concreto do consumo isso traduz-se por um equilíbrio entre três envolventes distintas: a quota de mercado, a maximização e consolidação de resultados e ainda a optimização do portfólio ou sortido. Para tal o relatório da Minsait refere que as empresas do sector têm de apostar em análises detalhadas dos custos sobre a distribuição moderna por marca e tipo de venda, tendo em conta as diferenças de sortido e promoções em causa.
Mas só isso não chega, É também necessário o desenvolvimento de políticas dinâmicas de preços para garantir que diferentes promoções proporcionem um retorno no volume de vendas e na margem de referência da marca e ponto de venda. Quanto à optimização do sortido, esta é alcançada através de uma maior aposta em soluções de execução de vendas que identifiquem o posicionamento dos produtos nas prateleiras de acordo com a estratégia comercial para o linear.
4. Definir ecossistemas
Quando o negócio assenta na venda de bens a distribuição atempada dos mesmos é essencial. Acontece que o estudo detectou que poucas empresas têm a informação em tempo real para análise do cumprimento dos acordos do serviço ao cliente, com o distribuidor nas rotas de reabastecimento. A solução passa pela definição de “ecossistemas alargados com gestão de dados e partilhados no setor leva à necessidade de partilhar informação do produto que facilita a manutenção de dados para todos os formatos e embalagens de produtos com potencial”.
Encarar os fornecedores como parceiros de negócio, partilhando informação essencial, por forma a potenciar a colaboração entre fabricantes e retalhistas, tendo como fim a melhoria do abastecimento
5. Uma única base de dados, com informação em tempo real
Nunca como agora a informação certa, no momento certo, foi tão essencial ao negócio. E isso é transversal às várias áreas de negócio. Recursos humanos, financeiros, comerciais, atendimento ao cliente, industriais, logística… todos eles vivem e sobrevivem de dados. O que só se consegue, por um lado, através da centralização dos dados, actualizados em tempo real, mas, também, pela aplicação de “incentivos e comissões aos vendedores com objetivos dinâmicos”.
Isto porque, como refere o estudo, “ao conseguir-se simular os dados em tempo real é possível verificar o efeito de certas decisões comerciais no cumprimento dos objetivos”.
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