2020 é um ano atípico. A pandemia alterou por completo a economia. A quarentena e o distanciamento social obrigaram as empresas a modificarem os seus negócios. A alterarem, por completo, os seus processos operacionais. A encontrar alternativas à falta de negócio.
No entanto há sectores mais afetados do que outros. Veja-se o caso das empresas de eventos e animação turística e das de brindes publicitários. Por um lado todos os eventos (de média e grande dimensão, pelo menos) foram adiados para 2021. Por outro convém lembrar que, embora seja inegável que os brindes publicitários são uma excelente forma de divulgar uma marca junto de clientes (atuais ou potenciais), consumidor e mercado, a grande maioria era distribuída em eventos como festivais de verão, grandes encontros corporativos e feiras.
Isto significa o fim destes dois setores? Não. Apenas que, mantendo as dificuldades, tiveram de se reinventar. Seja criando, temporariamente, eventos digitais, ou, em termos da disponibilização de novos produtos (as máscaras certificadas personalizadas, por exemplo, são dos itens mais procurados na atualidade). Isto sem descurar os tradicionais, que continuam e continuaram a ser utilizados. Por algum motivo as canetas, blocos, pens USB e fitas “desaparecem” nos eventos. Isto acontece porque são mais do que brindes publicitários. São produtos úteis. E esse é o truque que irá garantir a sobrevivência das empresas do ramo. Com uma pequena nuance. As empresas terão de se adaptar a uma nova forma de fazer negócio. Porque a pandemia trouxe, igualmente, novos comportamentos do consumidor, dado que este foi obrigado a recorrer à internet para fazer as suas compras.
Mas não foi apenas a forma de comprar que mudou. Há toda uma consciência social e ambiental que está a alterar os produtos disponibilizados e a forma como são produzidos e consumidos. Produtos amigos do ambiente, feitos a partir de material reciclado ou que possam ser reutilizados são cada vez mais solicitados. Pelo contrário, produtos que são notoriamente “inimigos” do ambiente são considerados como nocivos. A questão é que essa perceção é transferida para as empresas. Quer as que as produzem/vendem, quer as que as distribuem. Blocos de notos feitos a partir de papel reciclado, envelopes que podem ser “plantados” e se transformam em plantas… são apenas dois exemplos de inovação apresentada pelo setor e premiada pelos consumidores.
O que isto significa para o setor dos brindes publicitários e as empresas que trabalham nele? Que têm, necessariamente, de apostar neste tipo de produtos, mas, também de modificar a forma como trabalham, apostando, cada vez mais, por exemplo, em portfólios digitais. A Gift Gampaign foi uma das empresas que já se apercebeu desta nova tendência. A companhia espanhola, que acaba de entrar no mercado nacional, disponibiliza toda a sua gama de produtos no seu site. Com isto poupa quilos e quilos de papel – o meio ambiente agradece – ganha na perceção do consumidor, mas, também, consegue ter sempre o seu portfólio atualizado e disponível 24 horas por dia.
E este é o caminho: maior consciência social; aposta no digital; novos produtos, que, mantendo a praticidade apelam à emoção do utilizador. Porque os brindes publicitários não desaparecerão. Seja porque, como refere o ASI Impression Study 84% das pessoas que receberam um brinde de uma empresa recordam o nome da sua marca, seja porque, como afirmou Ana Soares, diretora da área de negócios brindes publicitários da PêBê, numa entrevista, ao Meios e Publicidade, em 2008, o brinde publicitário “é o único tipo de publicidade que as pessoas agradecem e o que tem maior esperança de vida. A marca ou o produto ficam nas mãos dos clientes ou potenciais clientes durante anos e são utilizados inúmeras vezes”.
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