A dimensão do pacote de estímulos e a implementação eficaz de programas de trabalho de curta duração parecem ter o maior impacto, positivo, na capacidade de um país mitigar os danos económicos causados pela pandemia. A Adecco, especialista em Recursos Humanos, segue esta análise e destaca um resumo de cinco recomendações que na sua generalidade poderão, se implementadas, ajudar a mitigar o impacto da pandemia na nossa economia e no trabalho em geral.
- Manter quando possível a atividade económica: embora a saúde e a segurança dos trabalhadores sejam o fator de base a considerar, cada dia que passa sem o regresso da atividade económica aumenta exponencialmente o impacto económico negativo da crise e reduz o potencial de crescimento económico e a recuperação.
- Ser responsivo: os nossos dados confirmam que no espaço de um mês, os países que reagiram rapidamente e criaram um pacote de estímulo económico, apoiaram a manutenção do PIB. Importante nesta fase da crise, é que as medidas de apoio sejam ampliadas e ajustadas – principalmente adicionando fundos aos pacotes de estímulo e prolongando os projetos de apoio.
- Respeitar a paz social: mais do que qualquer crise anterior, esta pandemia exige a cooperação de todos os decisores dos países. Os países com um modelo de diálogo social baseado na negociação, e não no confronto, apresentam melhores resultados e maior confiança no processo político e na confiança do consumidor, essenciais para acelerar o ritmo de recuperação.
- Apoiar o emprego: os nossos dados confirmam que o trabalho de curta duração e outras formas semelhantes ajudam a manter as pessoas a trabalhar e ativas e, assim, evitam despedimentos em massa. A implementação de outras formas de trabalho varia de país para país em termos de inclusão, volume e duração, mas países, onde essas opções foram implementadas em conjunto com os mecanismos de proteção social já existentes, tiveram um desempenho melhor do que outros.
- Foco no direcionamento do apoio financeiro aos beneficiários: com mais de um mês decorrido e devido a atrasos, empresas e trabalhadores em muitos países ainda não receberam o apoio prometido, conforme descrito nos respetivos pacotes de estímulo. A falta de entrega oportuna dificultará o consumo e levará ao aumento da pobreza e falências, que terão um impacto negativo na recuperação económica.
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