- O estudo, realizado no ano passado pela EU Kids Online, foi levado a cabo por uma equipa da Universidade Nova de Lisboa junto de cerca de 2.000 alunos.
- A WIKO, empresa europeia de smartphones, traz-lhe algumas dicas para ajudar os jovens e compreender os riscos.
Em média, as raparigas passam 3,1 horas online, e os rapazes 3,3, e 87% das vezes fazem-no via smartphone. Os dados são do estudo que analisou os hábitos dos jovens entre os 9 e os 17 anos, da EU Kids Online, levado a cabo por uma equipa da Universidade Nova de Lisboa junto de cerca de 2.000 alunos. Dos inquiridos, mais de 60% admite já ter ignorado os conselhos dos pais sobre como agir online. Por isso, a WIKO, empresa europeia de smartphones, traz-lhe algumas dicas sobre como pode ajudar os mais novos a compreender os riscos do mundo cibernético.
Primeiro, deve conhecer os diferentes tipos de perigos que existem online. Se por um lado as crianças e adolescentes podem encontrar conteúdo inapropriado na Internet, como pornografia ou linguagem obscena, existe também por outro a possibilidade de cyberbullying ou assédio cibernético por parte de outras pessoas. Atenção, isto não significa que os seus filhos encontrarão todas estas ameaças – no entanto, deve falar com eles e dar-lhes a entender que as mesmas existem, de forma a providenciar-lhes as ferramentas necessárias para os ajudar a tomar decisões inteligentes online. Como?
Fale com eles sobre a utilização da Internet: proibi-los de a utilizar apenas vai atiçar ainda mais a vontade dos seus filhos em descobrir o mundo cibernético. Em vez disso, converse regularmente com eles sobre a forma como devem estar online. Se existir esta abertura do seu lado, torna-se tudo mais fácil caso exista alguma questão que precisem de esclarecer ou para a qual precisem de ajuda.
Incentive-os a procurá-lo se estiverem com algum problema: se o seu filho estiver com problemas online, convém que ele o procure, em vez de esconder o que se passa. Lembre-se de que os seus filhos podem encontrar acidentalmente um website inapropriado, mesmo que não estejam a fazer nada de errado. Para que se sintam confortáveis em falar consigo, deve existir uma relação de confiança mútua – e isto não se rege apenas à Internet, mas a todos os aspetos da vida deles.
Não leia as mensagens deles: tal como os adultos, as crianças também têm direito à sua privacidade. Se não tem quaisquer motivos para desconfiar que algo de errado se passa, não exija ler as conversas que os seus filhos têm online com os amigos. Em vez disso, explique-lhes o que está certo e o que está errado, e confie também na forma como os criou. Confiança mútua, recorda-se?
Ensine-os a manter as informações pessoais em sigilo: é muito comum que as crianças, até mesmo enquanto estão nas redes sociais ou jogam online, conversem e conheçam outras pessoas com quem nunca falaram. E isso é algo que possivelmente não irá conseguir evitar. Por isso, em vez de embarcar numa luta na qual sairá a perder, opte por ensiná-los a não divulgar informações pessoais como números de telefone ou moradas, e a detetar certos tipos de conversas e comportamentos que os ajude a perceber se devem ou não afastar-se daquela pessoa em específico.
Embora a Internet possa representar alguns perigos para as crianças, a verdade é que também pode abrir portas que as gerações anteriores nem sequer poderiam ter sonhado. Ajude a garantir que os seus filhos conhecem as alegrias que o mundo online oferece e não apenas os seus perigos.
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