Chegaram agora as primeiras informações daquele que será o primeiro smartphone a unir duas industrias de gigantes, o mercado dos smartphones e criptomoedas. A Foxconn está a trabalhar no desenvolvimento do primeiro smartphone concebido a pensar na interação com a blockchain, plataforma base para o funcionamento de moedas virtuais.
Finney parece ter sido o nome escolhido para este smartphone pioneiro, desenvolvido pela Sirin Labs, irá permitir aos utilizadores armazenar e utilizar as suas moedas virtuais sem ficarem sujeitos às muitas vezes pesadas taxas por transação. Para além disso, irá também eliminar a necessidade de possuir as caras “carteiras de criptomoedas” físicas, sendo que estas são até à data a forma mais segura de armazenar Bitcoins.
O smartphone irá ter também a capacidade de realizar conversão de criptomoedas sem necessitar de aceder ao serviço de câmbio. Ainda incluída no Finney está a funcionalidade de criar um hotspot de internet que poderá ser alugado a terceiros, cobrando tokens digitais como forma de pagamento.
No que respeita a segurança, o novo smartphone da Foxconn irá chegar equipado com um leitor de íris e leitor de impressão digital. Para além destes dois métodos de segurança biométrica, o utilizador poderá ainda escolher utilizar os métodos tradicionais.
O primeiro smartphone com integração da blockchain deverá começar a ser enviado em Outubro, sendo que 25 mil unidades foram já reservadas. Numa fase inicial o Finney irá apenas ser comercializado no mercado vietnamita e turco, não existindo ainda qualquer informação sobre uma possível expansão para os restantes mercados internacionais.
A Sirin Labs mantém expectativas bastante elevadas para este smartphone pioneiro, esperando conseguir vender alguns milhões de unidades até ao final de 2018, o que parece ser um pouco irrealista uma vez que irá começar a vender o smartphone apenas em Outubro. Durante a sua fase de ICO, conseguiram angariar uma incrível quantia de mais de 850 milhões de dólares.
No que respeita às especificações, o Finney vai apresentar um ecrã de 5,5″ polegadas, 6GB de memória RAM, 64GB de memória interna, câmara traseira de 12 megapixels e câmara frontal de 13 megapixels. Ainda com várias especificações de hardware por desvendar, pouco irão importar as suas especificações caso a fabricante não consiga oferecer uma experiência de utilização óptima no que respeita ao armazenamento, transação e segurança de criptomoedas.
Certamente que irão existir muitos utilizadores interessados neste novo smartphone da Foxconn, mesmo depois do valor da Bitcoin ter caído a pique depois de atingir os 20 mil dólares por moeda no final de 2017. Agora encontra-se a baixo de metade quando comparado com o seu valor mais elevado, mas ainda assim o mercado das criptomoedas continua a evoluir a um ritmo elevado, provando que poderá ser das tecnologias mais importantes do futuro.
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