A Toshiba acaba de apresentar as tendências que irão revolucionar o sector das tecnologias de informação, tal como o conhecemos e que vão-se tornar já realidade em 2018. Para esta marca tecnológica o próximo ano será um período de forte investimento devido a três grandes fatores: GDPR, a cibersegurança e as novas formas transacionais de informação e financeira.
Os CIOs terão um papel de grande relevo no aconselhamento estratégico e na implementação de investimentos tecnológicos que permitam às empresas serem competitivas e estarem conformes com as regulamentações legais.
Os dois grandes desafios
Os dois maiores desafios que o mercado irá enfrentar centram-se nos temas de GDPR e Cibercrime.
Maio será o mês limite para que as organizações cumpram todas as regras de compliance acerca da norma GDPR. As organizações europeias terão de saber como gerir os seus dados, de forma segura e transparente. O risco de penalidades por incumprimento ou de ações legais são enormes. Segundo dados da Gartner, prevê-se que 50% das empresas não consigam cumprir com esta regulamentação até ao final do ano de 2018.
A forte exposição das empresas a potenciais ataques cibercriminosos continuará a crescer. O volume de ataques de ransomware, prevê-se que cresçam mais de 15 vezes ao que foi registado durante 2015, podendo alcançar mais de 5 mil milhões de dólares de prejuízos a nível global, segundo a Cyber Security Ventures.
As tendências de TI para enfrentar os desafios de 2018
O reconhecimento da Criptografia Quântica: Os analistas internacionais preveem que o Mercado global atinja os 2 mil milhões de dólares em 2024, um crescimento potenciado pela necessidade constante da transmissão de dados online da forma mais segura possível. A Criptografia quântica está a emergir como o método de proteção de dados mais evoluído, necessário para combater o aumento das ameaças de segurança. Este método pode produzir mensagens ilegíveis para todos excepto o recipiente específico a quem se dirige, este é chamado de quantum key distribution (QKD), onde as “chaves” são distribuídas como fotões, como raios de luz, que se forem interceptados automaticamente mudam de estado tornando-se ilegíveis.
Ainda em 2017, a Toshiba estabeleceu um novo recorde de velocidade de transmissão de dados seguros com criptografia quântica no seu Laboratório de Pesquisa em Cambridge, ao alcançar a velocidade de 13.7Mbps por segundo.
A viralização do Edge Computing: A proliferação de dados provenientes da adoção de IoT e das capacidades previsíveis do 5G em 2018, o Edge Computing irá tornar-se ainda mais viral. Para as organizações que gerem volumes elevados de dados, decidir o que enviar para a cloud pode reduzir os backlogs e permitir executar as tarefas mais pesadas com tecnologia Edge Computing, a qual permite maior mobilidade e processamento em tempo real e ganhos de eficiência em ambos os lados da cadeia de TI das organizações.
Clientes Móveis sem aplicações nem armazenamento: As organizações irão adotar mais e melhores práticas de trabalho flexível e de mobilidade, e a segurança vai tornar-se na principal prioridade para poder aproveitar as mais valias deste modo de trabalho, sem se cair nas malhas das organizações do cibercrime. As organizações já estão a investir em soluções ultraligeiras, porém devido aos custos e limitações que restringem o trabalho remoto, muitas irão avançar para um conceito de soluções não instaladas nos equipamentos com a remoção de capacidade de armazenamento dos dispositivos, utilizando servidores externos para gerir os sistemas operativos e de acesso aos dados através de uma infraestrutura de ambiente de trabalho virtual baseada na cloud (VDI). Ao utilizar este tipo de soluções os dados estarão protegidos contra malware e problemas de segurança que um dispositivo pode criar aquando da sua perda ou roubo.
Estas tendências serão mudanças que nos levarão a ver as nossas rotinas diárias nas empresas a serem totalmente transformadas e adaptadas a uma nova realidade.
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