Durante muito tempo, o Flash foi a opção disponível para os que desenvolvem websites e jogos destinados aos browsers. Durante os últimos anos, o HTML5 tem vindo a conquistar o espaço que era antes ocupado pelo Flash, revelando-se como uma alternativa muito mais segura e de fácil aplicação.
Mas, antes de vermos com mais atenção as grandes diferenças entre estas duas plataformas, será mais fácil começar por explicar de forma breve o que é o Flash, e o que é o HTML5.
O Flash é um formato binário criado para conteúdo multimédia. Através da utilização de ActionScript (linguagem de código baseada em ECMAscript), os developers podem programar e compilar aplicações em ficheiros “SWF” que são depois possíveis de reproduzir em várias plataformas diferentes, incluindo browsers que tenham a extensão Flash instalada.
HTML5 por sua vez, é uma versão melhorada do Hypertext Markup Language (HTML) que é basicamente a linguagem de código que permite a apresentação das páginas na internet como as conhecemos. No desenvolvimento do HTML5 existem 3 tipos diferentes de código. O HTML é responsável pela estrutura, Cascading Style Sheets (CSS) é responsável pela apresentação e JavaScript é o que permite a “magia” acontecer.
Durante os últimos anos, muitos afirmam que o Flash já morreu. A verdade é que ainda podemos encontrar conteúdo em Flash praticamente em todo o lado, mas é certo que o HTML5 está cada vez mais presente e parece mais do que garantido que irá conquistar todo o “reino” do Flash durante os próximos anos. Mas quais os maiores motivos que levaram a esta conquista por parte do HTML5?
Existem vários factores que tornam o HTML5 superior ao Flash, entre eles estão:
Melhoria em termos de segurança: A utilização de plugins externos acaba sempre por nos colocar expostos a vulnerabilidades desnecessárias, tornando-nos mais vulneráveis a ataques de hackers. Em 2015 a Mozilla teve mesmo de bloquear a extensão do Flash para o seu browser, devido a uma falha de segurança na extensão.
Também a Google em 2016 teve de tomar medidas rápidas no bloqueio temporário do plugin, uma vez que estava a deixar uma “porta aberta” para que hackers se apoderassem dos computadores dos utilizadores.
Performance superior: Mais uma vez, a utilização de plugins externos traz também uma maior possibilidade de erros de reprodução. Qualquer um de nós viu pelo menos uma vez a sua página que continha conteúdo em Flash encravar, tendo de realizar uma actualização completa da página para que volta-se ao normal. Com a funcionalidade de reprodução integrada directamente no HTML5, a probabilidade destes erros acontecerem diminui drasticamente. Grande prova disso foi verificada quando o Facebook e YouTube passaram a utilizar HTML5 em vez de Flash, vendo a percentagem de “encravamentos” cair a pique.
Menos problemas de compatibilidade: Hoje em dia o mundo está muito mais digital, e até mesmo o mais comum dos utilizadores tem mais do que uma peça de tecnologia (computador, smartphone, tablet, consola, portátil, etc.). Por isso mesmo, cada vez é mais importante que todo este ecossistema funcione de forma fluída e sem problemas.
Com o Flash, os problemas de compatibilidade e mobilidade entre plataformas foi sempre bastante evidente. A completa integração do HTML5 nas mais variadas plataformas torna toda a experiência de utilização muito mais fluída e sem problemas quando necessitamos de mudar de plataforma.
Para além de grandes plataformas de partilha de vídeos e redes sociais (YouTube, Facebook, Twitter, etc.), existem outros grandes mercados que vieram beneficiar muito com o desenvolvimento e implementação do HTML5. No mundo dos games, o Flash está cada vez mais sendo abandonado pelos desenvolvedores de software. Os jogos de cassino online já usam HTML5, para impedir travamentos que atrapalham e muito a experiência do usuário.
Tal como foi referido anteriormente, o HTML5 veio trazer grandes melhorias não só em termos de performance, mas também em termos de segurança. Neste tipo de indústria, onde milhões de euros são manipulados diariamente, segurança é rainha. Através da implementação do HTML5 em deterioramento do Flash, todas estas empresas conseguiram começar a oferecer aos seus utilizadores uma experiência de utilização muito mais agradável, fluída e segura. Acrescentando ainda o facto de que a transacção entre computador/portátil e smartphone/tablet passou a ser muito mais fácil, e em alguns casos apenas possível pela grande versatilidade oferecida pelo HTML5.
Com todos estes pontos fortes do HTML5 em relação ao Flash não será certamente difícil afirmar que é inevitável que a plataforma de eleição durante tantos anos seja destronada em breve. Muitos acreditam que o Flash irá acabar por desvanecer, tornando-se apenas uma memória de um passado distante, sendo que o HTML5 será a plataforma de eleição. Para além de todos os actuais benefícios, o HTML5 está em constante evolução e devido à sua essência “Open Standard” está a conseguir ultrapassar com distinção todas as barreiras onde o Flash acabou por ficar encravado.
O facto de ser “Open Standard” permite que tanto o criador da plataforma como o developers que desenvolvem aplicações possam trabalhar em conjunto para um maior desenvolvimento e crescimento da plataforma. No caso do Flash, isso não acontecia, tornando assim a sua evolução praticamente impossível em muitas situações.
O HTML5 chegou para ficar e muito provavelmente o Flash irá acabar por “morrer”, ultrapassado pelas suas fundações já desactualizadas que não foram capazes de fazer frente às necessidades criadas pelo grande desenvolvimento que o mundo tecnológico e os seus utilizadores sofreram durante os últimos anos.
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