A Intel divulgou, durante a Computex 2017 (feira de tecnologia que se realiza em Taipé,Taiwan), um estudo que pretende demonstrar as enormes oportunidades de negócios que serão criadas quando os veículos autónomos se tornarem comuns e os motoristas se transformarem em passageiros.
O estudo “Economia de Passageiros”, encomendado pela Intel à Strategy Analytics, prevê um enorme crescimento de mercado, que poderá passar de US$ 800 mil milhões (bilhões) em 2035 para US$ 7 biliões (trilhões) até 2050.
De acordo com a gigante da tecnologia, os veículos sem passageiros criarão enormes oportunidades de negócios, a exemplo do que aconteceu com os novos negócios digitais oriundos da computação pessoal, da internet, da conectividade onipresente e dos smartphones deram vida a negócios e mercados totalmente novos. No entanto, segundo a Intel, a história demonstra que a tecnologia é responsável pelas enormes transformações sociais que ocorreram ao longo dos tempos. O que significa que as empresas tem que se adaptar e responder rapidamente às novas realidades, caso contrário correm o risco de fracasso ou, em caso extremo, de extinção.
“As empresas devem começar a contemplar os veículos autónomos em suas estratégias a partir de agora”, afirma o CEO da Intel, Brian Krzanich. “Menos de uma década atrás, ninguém estava considerando o potencial do mercado de aplicativos ou da economia de compartilhamento prestes a emergir, ninguém via isso acontecendo. É por isso que estamos iniciando a conversa sobre Economia de Passageiros, para despertar as pessoas para a quantidade de oportunidades que surgirão quando os veículos autónomos se tornarem os dispositivos de geração de dados móveis mais poderosos que usamos e as pessoas trocarem a direção por outra ocupação durante o percurso”.
As tecnologias de condução autónoma e das cidades inteligentes habilitarão a nova Economia de Passageiros, gradualmente reconfigurando indústrias inteiras e criando outras novas, graças ao adicional cognitivo e de tempo que ela desbloqueará. “Nada diferente da corrida espacial dos anos 60, o anúncio de hoje é um chamado para que o mundo empregue as suas melhores mentes neste desafio”, disse Greg Lindsay, urbanista e futurista de mobilidade. “O futuro da mobilidade, do avanço econômico e do surgimento de novas oportunidades de crescimento com a Economia de Passageiros demanda um diálogo contínuo. Estou empolgado em trabalhar em parceria com a Intel, levar essa discussão para as ruas e buscar soluções por diferentes indústrias que modelarão o nosso futuro – de fabricantes automotivos a investidores, políticos e startups”, enfatizou Lindsay.
A pesquisa mostra o valor da oportunidade econômica por meio do prisma de consumidores e empresas e começa a construir casos de uso projetados para permitir que as pessoas com poder de decisão desenvolvam estratégias acionáveis de mudança. “A tecnologia autónoma estimulará uma mudança em diversas indústrias e definirá um novo cenário, cujos primeiros negócios surgirão no setor B2B”, diz o coautor do estudo Harvey Cohen, presidente da Strategy Analytics. “O surgimento de opções de veículos sem motoristas aparecerá primeiro em mercados desenvolvidos e reinventará os segmentos de transporte e entregas de longa distância. Isto aliviará a falta de motoristas em todo o mundo e será responsável por dois terços das receitas iniciais projetadas”. A empresa de pesquisa aponta ainda que a comercialização de veículos operados autonomamente ganhará força até 2040 – gerando uma fatia cada vez maior de valor projetado e anunciando o surgimento de serviços instantaneamente personalizados.
Veículos autónomos e mobilidade – Confira os principais destaques da pesquisa:
- O uso comercial da mobilidade como serviço (MaaS, na sigla em inglês – Mobility as a Service) deverá gerar US$ 3 biliões (trilhões) em receitas, 43% do total da economia de passageiros;
- O uso das ofertas de mobilidade como serviço por consumidores deverá contabilizar US$ 3,7 biliões (trilhões) em receita, ou praticamente 55% do total da economia de passageiros;
- US$ 200 mil milhões (200 bilhões) é a receita esperada com o aumento do uso por consumidores de novos aplicativos e serviços inovadores que surgirão à medida que a disponibilidade de veículos sem motoristas cresça e evolua;
- Estima-se que 585 mil vidas poderão ser salvas graças aos veículos autónomos na era da Economia de Passageiros entre 2035 e 2045;
- Os veículos autónomos deverão liberar mais de 250 milhões de horas de deslocamento dos consumidores por ano nas cidades mais congestionadas do mundo;
- As reduções nos custos de segurança pública relacionados aos acidentes de trânsitos podem somar mais de US$ 234 mil milhões (bilhões) ao longo da era da Economia de Passageiros entre 2035 e 2045.
Os destaques de futuros cenários explorados no estudo incluem:
- Conveniência sobre rodas: De salões de beleza sobre rodas a mesas sensíveis ao toque para colaboração remota, rápidos jantares casuais, vendas remotas, clínicas de saúde,tratamento móveis e serviços de hotelaria. Os veículos oferecerão opções de experiência em transporte.
- Cinemas Móveis: Produtores de conteúdo e mídia desenvolverão formatos de conteúdo personalizados para combinar com períodos longos e curtos de deslocamento.
- Propaganda baseada em localização: Propaganda baseada em localização se tornará ainda mais relevante e os publicitários e agências terão novas possibilidades para apresentar conteúdo de marcas e localização.
- Mobilidade como vantagem: Funcionários, escritórios, complexos de apartamentos, complexos universitários e moradias oferecerão MaaS para agregar valor e se distinguirem de seus concorrentes ou como parte de seus pacotes de compensações.
Para mais informações sobre a Intel visite o site oficial em intel.com/
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