O Brasil vai construir em 2017 um cabo submarino que o ligará a Portugal e que permitirá um débito de mais de 30 terebytes por segundo, permitindo assim diminuir a dependência brasileira dos Estados Unidos na conexão com a internet e possibilitando centros globais de dados de grandes usuários.
A informação foi prestada por Jorge Bittar, presidente-executivo da Telebras, para quem “o cabo submarino nos dará maior segurança e agilidade na ligação à Europa”. Citado pela agência Reuters, aquele responsável considera ser este um passo fundamental numa era pós-Snowden. Neste momento, todos os cabos de fibra óptica submarinos a partir do Brasil fazem ligação aos Estados Unidos e isso é um risco para a segurança. Recorde-se que as agências norte-americanas espiaram Dilma Roussef e outros brasileiros.
Este escândalo levou Brasília a comprar o satélite europeu que no final do próximo ano levará a internet a todo o país. O satélite será lançado pela agência espacial europeia e ficará geo-estacionário em cima do território brasileiro, permitindo uma taxa de transferência de 56 gigabytes por segundo.
O Brasil já pagou metade de seu custo de 654 milhões de dólares e está a construir a infraestrutura para conectar o país. A compra não foi atingida pelos recentes cortes promovidos pelo governo federal nas despesas, porque uma das prioridades de Dilma é disseminar a banda larga pelo país, disse Bittar.
O cabo de fibra ótica terá 5.875 quilômetros e será chamado de EulaLink. Vai-se estender de Fortaleza a Lisboa e será instalado por uma joint-venture entre a Telebras e a espanhola IslaLink, a um custo de 185 milhões de dólares financiado pela União Europeia.
Fonte: Reuters
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