As utilizadoras da Internet na Europa estão menos preocupadas em proteger-se contra as ameaças online do que os homens, de acordo com os resultados de um estudo realizado pela Kaspersky Lab em colaboração com a B2B International.
Principais destaques do estudo:
- Só 18% das europeias acreditam que podem ser vítimas do cibercrime
- 39% das mulheres não sabe o que é o Ransomware, contra os 26% dos homens europeus
- Os homens enfrentam mais malware do que as mulheres, mas têm mais consciência dos perigos que correm
Tendo em conta que esta atitude pode ter consequências perigosas, a Kaspersky Lab, a propósito do Dia Internacional da Mulher que se celebra no próximo dia 8, quer fomentar uma maior consciencialização entre as mulheres de todo o mundo para o perigo das ameaças que existem na Internet.
Segundo as conclusões do estudo, só 18% das mulheres acreditam que podem ser vítimas dos cibercriminosos, enquanto 27% dos homens consideram que tal é possível. Por outro lado, geralmente as mulheres sabem menos sobre ciberameaças do que os homens. Por exemplo, 26% dos homens e 39% das mulheres na Europa não têm consciência para o perigo do ransomware; 21% dos homens e 34% das mulheres sabem pouco sobre malware móvel e 22% dos homens e 37% das mulheres têm uma ideia muito limitada sobre o que é um exploit.
Esta falta de conhecimento pode levar a que as mulheres prestem menos atenção à protecção contra as ameaças online. Quando permitem que outras pessoas (filhos, amigos, colegas, etc.) usem os seus dispositivos principais, 32% das mulheres não toma qualquer medida para proteger os seus dados, uma vez que “não vêm qualquer tisco” em fazê-lo. Só 28% dos homens se comporta da mesma maneira. No que toca à cópia de segurança dos dados, 41% dos homens não deixam de o fazer, enquanto só 35% das mulheres o fazem.
Por outro lado, deste estudo se depreende que, durante um período de 12 meses, houve mais homens do que mulheres a enfrentar incidentes de malware (32% contra 25%), embora as mulheres sejam mais propensas a sofrer consequências financeiras (8% contra 12%). De uma maneira geral, os homens gastam mais frequentemente dinheiro na compra de programas especiais concebidos para limpar o sistema ou para o proteger no futuro, enquanto as mulheres preferem recorrer a profissionais de TI para obter ajuda.
Existem outros riscos que os homens enfrentam mais do que as mulheres: a ameaça aos dados financeiros dos utilizadores. Por exemplo, em 2014 os ciberataques dirigidos concentraram-se em 54% dos homens, mas apenas em 49% das mulheres. Isto pode dever-se ao facto de as mulheres estarem especialmente preocupadas com a segurança das suas transacções financeiras em comparação com outras actividades online. Deste modo, 60% dos homens e 63% das mulheres mostram preocupação com o risco de fraude que afecte as suas contas bancárias, enquanto 43% dos homens e 49% das mulheres se sentem vulneráveis ao realizar pagamentos online. Além disso, as mulheres inquiridas estão um pouco mais preocupadas do que os homens de poderem ser espiadas através da sua câmara web – 44% contra 39%, respectivamente.
“Na vida real, os utilizadores entendem que é importante tomar precauções para proteger as coisas que valorizam e que online se deve fazer o mesmo. Seguindo algumas regras de segurança web sensatas, poderemos reduzir em grande medida o risco de perder dados valiosos ou de ser vítimas de fraude financeira “, afirma Elena Kharchenko, Chefe de Gestão de Produtos de Consumo da Kaspersky Lab.
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