Os clipes do final dos anos 1970 e nos anos 1980 davam uma amostra do futuro. Bandas como os Queen revolucionavam nos cenários, com efeitos de pirotecnia e imagens cada vez melhores. Os clipes passaram de simples apresentações para grandes produções, gastando quase o mesmo que um filme de Hollywood. Imagens capturadas quadro a quadro, efeitos de computadores, imagens sobrepostas, cenários montados em set de filmagem. Tudo muito bonito, mas o fã não podia interagir com seu ídolo. Era assim até pouco tempo atrás. Até Azealia Banks.
A tecnologia está em constante evolução e a arte também. Quando a arte encontra a tecnologia, as revoluções culturais acontecem. Um bom exemplo disso é a parceria da rapper Azealia Banks com o Google. No vídeo da música “Wallace”, os fãs podem interagir, fazendo com que a cantora, no vídeo, siga seus movimentos, como se fosse uma imagem no espelho.
A plataforma Google Cloud foi responsável por fornecer todo o aparato computacional para processar o turbilhão de dados gerados para o projeto. As imagens foram captadas com esmero e muita paciência pela cantora e seus diretores, de forma a tentar dar fluidez aos movimentos. A brincadeira é na cantora responder aos movimentos do fã em frente ao computador. Os aficcionados por tecnologia, talvez, dirão que pode ter alguns defeitos de sincronia e outros probleminhas (que sempre tem um chato para achar), mas a iniciativa aproxima Banks de seus fãs e atrai uma série de pessoas que irão assistir o clipe pela curiosidade.
Para avaliar a experiência, o espectador precisa acessar o site da cantora (pelo Google Chrome, é claro, já que a parceria é com o Google) e estar conectado a uma webcam. Entretanto, se o fã não precisa pagar ingresso para interagir com deu ídolo, precisa pagar por uma internet com excelente velocidade. Além de veloz, constante.
O público brasileiro poderá ter uma certa dificuldade em interagir com essa e com demais novidades cibernéticas que possam surgir, pois apesar da velocidade média da internet ter aumentado 11% com relação ao ano passado, alcançando 2,9 megabits por segundo (Mbps), diferentemente dos líderes sul-coreanos, onde a velocidade média chega a 24,6 Mbps, o país caiu posições no ranking, ocupando agora a 89ª posição.
Mas, essa velocidade é média. Consideremos que existem serviços de internet muito abaixo de 2,9 Mbps. Além disso, em alguns momentos, em horários de pico para acessos, navegar é um jogo de paciência. Sem falar na rede móvel, lamentável em questão de taxa de download e pior ainda na questão constância. Todos sabem que o sinal de 3G no Brasil cai com muita facilidade. E ainda tem empresa enganando com o 4G.
Para quem quer ter acesso às inovações disponíveis na rede, vale a pena pesquisar bem na hora de adquirir o serviço de internet ou de dados móveis. Afinal, quem quer interagir com Azealia Banks quer ver uma cantora que responde a seus movimentos e não ficar brincando de estátua na frente da tela do computador.
Assista ao trailer da campanha de lançamento do vídeo no youtube:
Fontes:
combomultinet.com
azealiabanks.com
Nota: Artigo escrito pelo estudante de comunicação Henrique Viera
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