Brasileiro que se preze samba [mesmo que desengonçado] e vê futebol [especialmente a Seleção Canarinho] sempre com o coração nas mãos. Rói as unhas, arranca os cabelos, faz reza forte [seja lá para o santo que for], “seca” o time adversário [mas com “fair play”, por favor], esculacha com a arbitragem [seja o juiz ladrão ou não, a sua mãe sempre será lembrada durante a partida], profere o maior número de palavrões possíveis, imagináveis e [supostamente] impronunciáveis. Mas quando sai um gol… ahhhh… GRITA! VIBRA! Reverbera toda a sua emoção. Pouco ou nada importa se o vizinho vai ouvir a sua agonia. Talvez, até, partilhe da mesma angústia.
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Consta que a Menina não deixa por menos. Diz-se por aí que ela cumpre todos os requisitos acima listados e que não sente vergonha nenhuma em assumir suas raízes populares. “Corre nas minhas veias”, diria ela. “E renegar isso seria como rio que teme encontrar o mar: perda de tempo lutar contra o inevitável”!, arremataria a Menina de alma tupiniquim.
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Corre à boca miúda que a Menina comemora cada gol como se fosse o último e que se emociona [e chora igual bezerro desmamado] a cada execução do Hino Nacional da “Pátria amada, idolatrada, salve, salve!”, como se deve ser ao prestar a mais alta homenagem à terra adorada que lhe vira nascer. Não é segredo para ninguém que ela sente saudade da sua “tribo” como quem tem a certeza de que o mundo até pode ser o seu quintal, mas que o seu berço… ahhh… Este reside no “ninho-primeiro”: BRASIL-SIL-SIL!
CAssis, a Menina Digital
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