A Nokia e a Opera (empresa responsável pela gestão da nova loja de aplicações Android da fabricante) parecem ter adoptado uma estratégia no mínimo pouco correcta de levar os developers de aplicações para Android a disponibilizar as suas aplicações na nova loja de aplicações alternativa.
Tal como já havia sido visto em vários outros dispositivos, como por exemplo os tablets Kindle Fire da Amazon, o Nokia X corre uma versão personalizada do Android que oferece uma experiência totalmente modificada do que se poderia esperar de um dispositivo com o sistema operativo da Google, mas apesar disso continuam a publicitar que o Nokia X terá acesso a praticamente todas as aplicações que existem na Google Play Store.
A Nokia tentou facilitar a vida a todos os developers, criando para cada um deles uma nova conta Nokia e realizando a publicação automática das suas aplicações na sua loja, ficando assim rapidamente disponíveis para os utilizadores do Nokia X e Nokia XL. O grande problema foi que os developers apenas foram informados destes acontecimentos já depois de os mesmos terem sido consumados, ou seja, as suas aplicações foram disponibilizadas numa loja de aplicações externa sem qualquer tipo de consentimento prévio.
Com a ambição de conseguir popular a sua própria loja de aplicações a Nokia e a Opera poderão ter acabado por conseguir perder qualquer tipo de confiança por parte dos developers que pretendiam agradar, sendo ainda pouco claro se estas acções por parte das duas companhias foram legais ou não.
Certamente que todo este alarido poderia ter sido evitado com o envio de um simples email a pedir o consentimento dos developers para que as suas aplicações fossem publicadas por parte da Opera. É certo que iria requerer bastante mais trabalho, iria levar muito mais tempo e alguns dos developers poderiam mesmo não se mostrar interessados, mas certamente que seria o melhor caminho para dar início à construção de uma base de confiança entre a Nokia/Opera e os developers de aplicações para dispositivos Android.
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