Com a sua tecnologia common-rail, a Bosch já revolucionou um tipo de motor de combustão interna por meio de injeção direta. No espaço de uma década, esta tecnologia tornou-se o padrão para os motores a gasóleo. Atualmente, incorpora cerca de 80% dos veículos com motores a gasóleo. Uma transformação semelhante está a acontecer com os motores a gasolina. Com a injeção direta de gasolina da Bosch, os condutores usufruirão de um binário mais elevado a baixas velocidades e, portanto, um maior prazer na condução. Paralelamente, o sistema reduz o consumo de combustível até 15%. “A injeção direta de gasolina está a anunciar o mesmo tipo de revolução que vimos acontecer com os motores a gasóleo (diesel)”, disse o Dr. Rolf Bulander, membro do Conselho de Administração da Robert Bosch GmbH e responsável pela tecnologia de motorização. Na Europa, a tecnologia está em vias de se tornar padrão e os componentes Bosch podem ser encontrados em carros desportivos compactos, sedans de turismo, SUV’s e carros desportivos.
Em 1951, a Gutbord foi o primeiro construtor automóvel a usar a injeção direta de gasolina da Bosch em modelos selecionados nos seus carros subcompactos topo de gama. Desde 1954, a Bosch tornou esta tecnologia disponível em larga escala para a produção do Mercedes-Benz SL 300, o lendário “Gullwing”.. O fato de o combustível vaporizar permite uma maior compressão porque a câmara de combustão está arrefecida. Embora o novo método de combustão tenha poupado muito combustível, levou muito tempo até que a nova tecnologia ganhasse plena aceitação. Ao longo de décadas, a empresa desenvolveu a injeção direta de gasolina com inovações como a perfuração a laser para os furos de injeção, o que permite a formação de uma mistura particularmente precisa e uma combustão limpa. Esta inovação ganhou o Prémio de Inovação Alemão do Futuro 2013, da Universidade de Jena.
Excelentes vendas na Europa – com os EUA e a China logo a seguir
Com o início do novo milénio, as emissões de gazes colocaram a injeção direta de gasolina no mercado de massas. Este padrão é para reproduzir, uma vez que os veículos apenas poderão emitir, em média, 95 gramas de CO2 por quilómetro até 2021. Em resultado, cerca de metade dos novos veículos europeus a gasolina terão injeção direta em 2016. “Atualmente estamos a fazer um excelente negócio na Europa com a injeção direta de gasolina. Mas brevemente teremos muita agitação na China e nos EUA“, diz Bulander. Nestes mercados, os sistemas de injeção inovadores estão, em grande parte, limitados aos veículos importados. No entanto, os construtores da China e EUA têm pela frente legislação mais restritiva em termos de emissões, pelo que terão de adotar a nova tecnologia.
Isto aumentará a poupança de combustível nos camiões nos EUA, nos sedans europeus e nos carros de médio porte asiáticos, salvaguardando as carteiras dos condutores. Além disso, terão uma valiosa contribuição para o ambiente. Este efeito já é quantificável na Europa, berço do mercado e líder nesta tecnologia inovadora. Em 2014, cerca de 40% dos novos carros do continente estarão equipados com injeção direta de gasolina. Especialistas da Bosch estimam que estes novos veículos vão emitir menos 1,2 milhões de toneladas de CO2 porque consomem menos combustível. “Com a tecnologia inovadora, a Bosch está a fazer sistemas de eficiência energética de motorização e a diminuir os custos por cada quilómetro percorrido”, explica Bulander.
A base ideal para eletrificar o motor a gasolina
No entanto, o potencial da injeção direta de gasolina não termina com a melhor eficiência dos motores de combustão interna: é também o ponto de partida ideal para a eletrificação dos motores a gasolina. O seu design ideal para o redimensionamento de motores compactos com poucos cilindros pode ser complementado com componentes elétricos. Em tais situações, um motor IC altamente eficiente constitui o núcleo de motorização e pode ser suportado por componentes elétricos durante as fases de funcionamento menos eficientes ou mesmo desligados, como em híbridos de encaixe, que podem atingir até 60 km de potência. “A injeção direta de gasolina e a eletrificação complementam-se perfeitamente” diz Bulander. Grandes reduções de emissões de CO2 podem ser conseguidas através de uma combinação de componentes elétricos e injeção direta.
Para as classes de veículos maiores, um híbrido de conexão com injeção direta de gasolina pode ajudar a alcançar essas metas. Neste caso, uma maior eletrificação combinada com os mais eficientes resultados da injeção direta asseguram um maior potencial de poupança que o sistema de recuperação por impulso. Um cálculo aproximado mostra a vantagem para os condutores com uma quilometragem anual de 15.000km: uma pessoa que viaje 20km para o trabalho todos os dias em modo elétrico acabará a conduzir 10.000 quilómetros por ano – ou dois terços da sua quilometragem anual – sem o recurso à gasolina. Para os restantes 5.000km, iria beneficiar com a eficiente injeção direta de gasolina. No total, a economia de combustível ativada por componentes elétricos de conexões de híbridos e a injeção direta de gasolina seria superior a 70%.
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